Microrretalho bipediculado de mucosa cordal em fonomicrocirurgia: estudo experimental em laringes humanas excisadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kinchoku, Vanessa Mika
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-09072020-150254/
Resumo: Introdução: A fonomicrocirurgia evoluiu ao longo dos anos à medida que se aprofundou os conhecimentos sobre anatomia e fisiologia da laringe, porém as complicações ainda são inevitáveis. Uma das possíveis complicações é a perda de tecido de cobertura na borda livre da prega vocal ou área adjacente a ela. Dependendo da extensão e profundidade do defeito, ocorre uma exposição do ligamento vocal e irregularidade da borda livre, podendo gerar retração cicatricial, fenda glótica e rigidez de mucosa. Foi desenvolvido um retalho bipediculado de mucosa cordal com a finalidade de recobrir esse defeito de mucosa, regularizar a borda livre e reduzir a chance de uma possível fibrose que ocorreria, caso o defeito cicatrizasse por segunda intenção. Objetivos: Quantificar o maior defeito que o retalho bipediculado de mucosa cordal é capaz de recobrir. Avaliar a viabilidade de aumentar o retalho, acrescentando mucosa do assoalho do ventrículo e estudar a histologia desta região. Métodos: Utilizou-se no total 25 laringes excisadas de cadáveres humanos adultos. Em 10 laringes (cinco de cada gênero) confeccionou-se o maior retalho bipediculado de mucosa cordal na sua face cranial para então, posteriormente, quantificar as dimensões do defeito que ele poderia recobrir com seu deslocamento medial. Em outras 10 laringes (cinco de cada gênero) o retalho foi acrescido lateralmente de mucosa do ventrículo laríngeo e verificou-se se este aumento no tamanho do retalho seria capaz de recobrir defeitos maiores. As cinco laringes restantes foram utilizadas para análise histológica do assoalho do ventrículo laríngeo. As lâminas foram coradas com hematoxilina-eosina, picrossirius e resorcina-fucsina de Weigert. Resultados: Houve correlação do tamanho do defeito com comprimento da prega vocal e com largura do retalho no grupo 1 e somente com o comprimento da prega vocal no grupo 2. Observou-se que o epitélio do assoalho do ventrículo é do tipo respiratório. Conclusão: A média da largura do defeito mucoso, capaz de ser recoberto pelo retalho bipediculado, foi de 1,51mm e quando o retalho foi acrescido lateralmente com mucosa do assoalho do ventrículo foi de 1,67mm. Esta diferença, porém, não foi estatisticamente significante. Houve diferença estatística no tamanho do defeito de acordo com o gênero, sendo maior no grupo masculino. Há diferenças bastante evidentes na histologia da prega vocal e assoalho do ventrículo laríngeo