Comunicação como ferramenta para o comportamento pró-social em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Generoso, Carolina Wood Fernandez Giugni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-03032022-115531/
Resumo: Comportamentos relacionados com a empatia em animais são extremamente interessantes do ponto de vista motivacional, cognitivo, moral e evolutivo. Por seu caráter contraintuitivo no que diz respeito à seleção natural, comportamentos pró-sociais relacionados com a empatia chamaram a atenção de diversos pesquisadores e inspiraram pesquisas com várias espécies de animais nas últimas décadas. A fim de introduzir o tema da empatia animal, o primeiro capítulo dessa dissertação constitui-se em um ensaio cujo objetivo foi fornecer reflexões sobre a empatia animal sob a luz da etologia. O segundo capítulo apresenta uma pesquisa empírica na qual investigamos como os cães reagem quando observam uma pessoa chorando por meio de um paradigma de prisão adaptado. Experimentos anteriores observaram que cães são capazes de abrir uma porta para resgatar seu tutor de dentro de uma caixa, e abriam a porta com mais frequência ou menor latência na condição em que o tutor estava estressado em comparação com a condição que ele estava calmo. Em nosso experimento, ao invés de abrir uma porta, o cão poderia se comunicar com a experimentadora que estava ao lado da grade que o separava da pessoa (atriz) em estado de estresse (chorando). Nossos resultados mostraram que os cães alternam mais olhares entre a atriz e a experimentadora e a atriz e o tutor quando a atriz inacessível estava chorando em comparação com a condição neutra. Também encontramos que a frequência de olhares para o tutor e atriz e a duração do olhar para a atriz foi maior na condição de choro em comparação com a fala. Além disso, observamos que a frequência de vezes que os cães foram para posição próxima da atriz foi maior na condição choro do que na fala. Essa é a primeira vez que um estudo testou a possibilidade de os cães serem capazes de usar a comunicação como uma ferramenta para viabilizar o comportamento pró-social