Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Marcos Barbosa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-01092023-154730/
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Resumo: |
Empatia refere-se nossa habilidade de identificar o que outra pessoa está pensando ou sentindo e responder a seus pensamentos e sentimentos de maneira apropriada. Esta habilidade é atualmente descrita como componente dos processos de Cognição Social. Sabe-se que tais processos possuem base neurobiológica, porém é também compreendido que este sofre influência ambiental. Outro conceito necessário para este estudo tem formulação semelhante, o de personalidade, sendo que a construção desta é amplamente descrita como uma relação entre o indivíduo biológico e sua interação com o meio. Sendo assim indivíduos com histórico aversivo quanto aos relacionamentos pessoais podem apresentar dificuldades quanto a empatia e cognição social em geral. O presente estudo teve por objetivo compreender se há uma relação de influência entre os níveis de empatia, traços de personalidade em jovens com histórico de bullying e negligência. Participaram deste estudo 1578 jovens, sendo 758 (48,06%) masculino e 819 (51,93% (feminino), com faixa etária de 14 a 16 anos (média = 15,5 anos e DP 0,77) da rede pública de ensino. Foram utilizados três diferentes instrumentos para coleta de dados, o questionário de personalidade para crianças e adolescentes (EPQ-J), o coeficiente de empatia (EQ) e um questionário elaborado para verificação de presença de histórico de bullying, violência e ou negligência na infância e adolescência. Os resultados demonstram que 507 (32,14%) dos participantes revelaram identificação positiva para histórico de bullying, negligência e ou violência. Além disso, os participantes com histórico de violência expressaram as médias mais baixas no quociente de empatia (28, 34), quando comparado aos participantes sem histórico de violência (46,26). Observou-se ainda uma correlação significativa entre níveis de empatia, histórico de bullying, negligência e ou violência na infância e adolescência, e traços de personalidade, principalmente psicoticismo e neuroticismo. Os dados encontrados são sugestivos para se pensar em programas de intervenção quanto a diminuição de bullying e ampliação de habilidades sociais referentes ao contexto empático nesta população. |