Empatia em cães: análise comportamental e fisiológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Martinez, Edilberto Nobrega
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15215
Resumo: A primeira espécie que os seres humanos domesticaram foi o ancestral comum do cão, o lobo cinzento. Desde então o ambiente social humano providencia um nicho natural para os cães. Estudos afirmam que cães são capazes de interpretar a intencionalidade humana. A partir de uma perspectiva evolucionista, assume-se que a empatia, definida como uma característica universal dos seres humanos pode ser compartilhada, de alguma forma, por cães. A empatia caracteriza-se por um entendimento emocional e cognitivo de um indivíduo em relação a outro (e não necessita que sejam de uma mesma espécie). Teóricos subdividem a empatia em três dimensões: afetiva, cognitiva e comportamental. Mesmo não sendo possível nesse momento assegurar que essas mesmas dimensões existam nos cães, a empatia parece estar presente em outras espécies que não apenas a nossa. O estudo em causa investigou a existência do processo empático em cães através de observações e análises do comportamento de um grupo de cães, assim como averiguou as crenças de estudantes universitários sobre a capacidade empática de cães e outros animais. O procedimento básico do estudo empírico realizado foi apresentar aos cães películas audiovisuais que representavam situações de conforto e desconforto vivenciadas por outro cão. Antes e depois da exposição foi coletado sangue desses animais para análise laboratorial dos níveis de ocitocina e de cortisol. As cenas apresentadas nos vídeos foram encenadas também ao vivo pelos cães testados. Por sua vez, para identificar as crenças dos estudantes, um questionário estruturado foi aplicado em uma universidade pública brasileira. As duas hipóteses que nortearam a pesquisa foram respondidas: há alterações similares nos níveis de ocitocina e cortisol plasmático dos cães quando eles vivenciam determinadas situações e quando esses mesmos cães veem outros cães as vivenciarem; e estudantes universitários acreditam que cães possuem habilidades empáticas bem desenvolvidas