Poética de almanaque: paidéia tecedora do sublime

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Torres, Tatiane Milene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-14122012-091400/
Resumo: O estudo comparativo entre o Almanaque Brasileiro Garnier, publicado entre 1903 e 1914, e o Almanach Hachette, que esteve em circulação entre 1894 e 1980, busca aferir o engendro anual das cidades ideais, Paris e Rio de Janeiro, por meio do ato poético resgatador do Belo, para tessitura do Sublime, no melhor dos mundos possíveis de almanaque. É a feitura incessante de tal microcosmo místico-poético que permite aos leitores uma vida resguardada das problemáticas modernas, posto que dentro de tal redoma onírica passam por um processo terapêutico de cura dos males contraídos na massa caótica circundante, para então, sãos, poderem enxergar a verdadeira beleza do mundo. É, pois, o papel de tirar as escamas dos olhos, da Paidéia Poética diária, para alcance da acuidade de visão, que possibilita a denúncia do Feio simbolizado pelas mazelas da modernidade, o que permite a edificação de tal empírio terrestre, para a vivência do Tempo Sagrado advindo da nova Criação. Tal resgate do princípio do mundo, pela Poiésis, traduz a verdadeira idade de ouro na chamada Belle Époque brasileira e francesa, onde seus cidadãos vivem um tempo de eterna boa ventura, com toda sorte de abundância e de regozijo, caracterizada pela infinidade de almanaquias para deleite proveniente do Pays de Cocagne e do Eldorado. É a fartura de alimento poético, servido periodicamente na grande mesa da Terra sem Males de almanaque, que age no corpo e no espírito como tônico resgatador da plenitude perdida, simbolizadora da infinitude reconquistada, pela tessitura ininterrupta do Sublime, nas Repúblicas das delícias do Eldorado, não das Américas, mas de todos os continentes que compõem tal sítio maravilhoso.