Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Yano, Karen Murakami |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7133/tde-20052009-141459/
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Resumo: |
Este estudo objetivou retratar e analisar a visão da criança em relação a sua sexualidade: concepções formadas, experiências, sentimentos gerados e efeitos sobre seu desenvolvimento. Trata-se de um estudo apoiado no método qualitativo descritivo-exploratório. Os dados coletados foram organizados segundo o referencial metodológico da Análise Temática do discurso. Participaram do estudo, crianças de seis a doze anos, integrantes de uma instituição não governamental que desenvolve atividades sócio-educativas. Foram entrevistadas, aos pares, 42 crianças. Utilizaram-se perguntas abertas e técnicas facilitadoras de comunicação: Técnicas de Normalização, Narrativa Autogênica e Brinquedo Terapêutico. A sistematização dos dados gerou as categorias empíricas: os meios de conhecimento, as concepções de sexualidade, o tempo e a sexualidade e a violência e a sexualidade. As crianças receberam mais informações sexuais do que uma educação sexual. A falta de orientação e informação, aliados à conhecimentos equivocados e estereotipados, deixavam um vasto campo para que as crianças elaborassem suas próprios julgamentos e respostas ao que elas viam e ouviam ao seu redor. Na opinião destas crianças, os pais eram mais repreensivos e não forneciam todas as informações que elas necessitariam. Desta forma elas buscavam outros meios para aprender sobre a sexualidade. Assim a televisão e os pares eram os meios mais procurados para informar-se. Fadadas a buscarem informações por conta própria, não eram capazes de construir e compreender de forma segura o significado de sexualidade. Para que uma criança cresça saudável é necessário garantir-lhes condições de vida satisfatória, inclusive no que se refere a sua sexualidade. Desconhecendo seus direitos acerca de sua sexualidade, as crianças ficavam vulneráveis e a violência permeava, com facilidade, o cotidiano e a vida destas crianças. O resultado desta pesquisa permite a elaboração de planejamentos terapêuticos que respondam às necessidades desta população, além de servir como base para elaboração de outros estudos que tangem o mesmo tema. A identificação de características acerca das concepções de sexualidade e das possíveis violências de natureza sexual sofridas pelas crianças, permite um preparo mais adequado dos profissionais da saúde no planejamento de intervenções destinadas a prevenir e controlar o processo de violência sexual. Estas informações também podem servir de base para incentivar mudanças na política de saúde e aumentar a participação da enfermagem em pesquisas referentes ao tema da sexualidade e da violência sexual contra crianças |