Decifra-me ou te devoro: os enigmas da sexualidade, a criança e o saber

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Débora Ramos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20605
Resumo: O presente estudo visa refletir sobre a constituição do saber na criança, considerando a relação entre saber e sexualidade. Para isso, perpassamos pelos discursos sobre a infância ao longo da história, indicando os diferentes momentos em que campos como a medicina, a psi-cologia e a pedagogia vieram fundar uma concepção de infância calcada no ideal de fragilida-de, rumo a um suposto desenvolvimento final, harmônico e adaptativo. Segundo tal pressupos-to, a criança é aquela que não sabe e que não deseja saber – sobre a existência, a sexualidade e a morte. Em uma direção contrária, Freud, desde o início de sua obra, lança luz sobre a ques-tão da infância, atribuindo à criança uma posição frente ao saber e, com isso, subvertendo o cientificismo e o senso-comum. A partir da criação de dois conceitos fundamentais da psicaná-lise, como pulsão [Trieb] e inconsciente [Unbewusste], Freud subverte a noção de infância, bem como de saber e sexualidade. Diante dos enigmas que emergem da relação com o Outro, a criança questiona e constrói teorias, posição que Freud elevou ao estatuto de um “pequeno lógico”.