Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Quadros, Ana Bottallo de Aguiar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-22032023-141042/
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Resumo: |
Os elapídeos são um grupo diversificado de serpentes, incluindo 390 espécies inseridas em 57 gêneros (Uetz, 2022) com distribuição nas Américas, África (exceto Madagascar), Ásia e Austrália. Os elapídeos representam um grupo de serpentes derivadas amplamente estudado devido à sua importância médico-sanitária, em decorrência dos índices expressivos de acidentes ofídicos que ocorrem em países tropicais e subtropicais com seus membros (OMS, 2010). Contudo, sua história evolutiva permanece ainda pouco compreendida e, embora análises moleculares recentes indiquem que os elapídeos formam um grupo monofilético, suas relações mais inclusivas ainda são pouco resolvidas, sendo o único clado mais inclusivo com suporte robusto a irradiação Australo-Melanésia de elapídeos marinhos e terrestres, também conhecida como Hydrophiinae (sensu McDowell, 1970). Por outro lado, as relações menos inclusivas dentro dos elapídeos reúnem um conjunto muito mais expressivo de clados robustamente suportados, a maioria representando gêneros monofiléticos. Adicionalmente, a quantidade de análises filogenéticas no passado que continham espécies fósseis do grupo é pequena, geralmente com um número limitado de espécimes fósseis ou grupos biogeográficos incluídos. Embora evidências obtidas a partir de análises moleculares indiquem para uma origem asiática dos elapídeos, o registro fóssil mais antigo inequívoco do grupo é do Oligoceno Superior da África, sugerindo assim uma origem africana para o clado. O presente estudo traz uma revisão exaustiva do registro fóssil de elapídeos do Cenozóico Africano e Europeu, incluindo formas reconhecidas no passado como parte do gênero Naja: N. austriaca, N. iberica, N. crassa, N. depereti e N. romani. Em relação à N. antiqua, a presente análise não recuperou de maneira inequívoca sua inclusão no gênero Naja. Ainda, em relação às formas semifossoriais e de tamanho reduzido do Cenozóico Europeu, a evidência morfológica aqui apresentada não sustenta de maneira inequívoca uma origem asiática ou americana para a irradiação europeia, pelo contrário, justificando a inclusão dos fósseis Micrurus gallicus em um novo gênero de cobra coral europeia. |