Datação em amostras carbonáticas fossilíferas e em ankaramito, para a caracterização temporal das fácies, formulação de paleoambientes e evolução da bacia de Itaboraí, paleógeno do estado do Rio de Janeiro (sudeste do Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Lucas Sant’ Anna de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23568
Resumo: Esta dissertação teve como foco a datação de amostras minerais e fósseis da Bacia de Itaboraí, única unidade geológica que preservou macrofósseis do Estado do Rio de Janeiro. A Bacia de Itaboraí é composta por rochas calcárias continentais entremeadas por canais de dissolução (momentos erosivos), preenchidos por argilas e margas altamente fossilíferas. Nessas deposições nos canais de dissolução (conhecidas como “sequência intermediária”) foram resgatados inúmeros e importantes fósseis de vertebrados, os quais representam valioso conjunto paleontológico para o conhecimento das paleofaunas que habitaram o Brasil no início do período Cenozoico. As sequências carbonáticas depositadas foram cortadas por um dique de ankaramito, única rocha datada até então por métodos geocronológicos, cuja idade foi estimada em 52.6±2.4Ma (K/Ar) e 54.89±1.4 (Ar/Ar). Para o desenvolvimento desta pesquisa, foi empregado o método geocronológico baseado no decaimento U–Pb na tentativa de se obter datações absolutas em amostras de fósseis e minerais referentes ao mamífero extinto Tetragonostylops apthomasi (Astrapotheria, Mammalia), do réptil também extinto Sebecus indet. (Crocodyliformes, Reptilia) e de precipitados químicos provenientes da sequência S2 da bacia de Itaboraí MCT1320-LE. As idades aqui apresentadas entre 19±5 Ma e 55,89±1,40 Ma indicam uma possível re-homogeneização isotópica em duas das três amostras datadas pelo método U-Pb, possivelmente resultante de eventos relacionados às transgressões e regressões marinhas durante o Mioceno-Plioceno, até então pouco discutidos na Bacia de Itaboraí.