Caracterização morfoestrutural e tectônica cenozoica da região Sul Fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Nayara de Macedo dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210920
Resumo: Pesquisas sobre a tectônica rúptil Mesozoica no sudeste brasileiro, associada à abertura do Atlântico Sul, e deformações recentes (neotectônicas), relacionadas a atual movimentação da Placa Sul-Americana (Mioceno ao Quaternário), foram baseadas em eventos tectônicos reconhecidos nas bacias sedimentares do Sistema de Riftes Cenozoicos do Sudeste do Brasil. Essa região está inserida no contexto tectônico do segmento central da Província Mantiqueira, denominada Faixa Ribeira, e possui embasamento cristalino pré-cambriano predominantemente gnáissico, sequências metassedimentares e intrusões máficas e alcalinas. É nesse contexto geológico que este trabalho está situado. Essa pesquisa possui como objetivo identificar e caracterizar estruturas rúpteis na região Sul Fluminense e sua relação com o relevo e drenagem. Para isso foram realizadas interpretações de lineamentos em MDE-SRTM, onde foram definidas as principais direções no relevo e na rede de drenagem, além da geração de perfis topográficos e em faixa. Também foram utilizadas cartas topográficas em escala 1:250.000 e 1:50.000 para a análise de anomalias e padrões da drenagem. Trabalhos de campo foram realizados para a coleta e posterior análise de dados estruturais rúpteis. A análise dos lineamentos indicou a predominância da direção NE-SW tanto no relevo, quanto na drenagem, sendo compatível com a orientação das principais zonas de cisalhamento e falhas do arcabouço estrutural pré-cambriano. As direções N-S e NW-SE também apresentam destaque principalmente na porção norte da área. É possível identificar estes lineamentos deslocando segmentos de orientação NE-SW. Todas essas direções influenciam na organização da rede de drenagem e configuram padrões modificados, como subtreliça, treliça direcional, angulado-retangular e subparalelo. Os perfis topográficos e em faixa indicam que as escarpas das Serras do Mar e da Mantiqueira são controladas pela foliação, paralela ao bandeamento composicional/tectônico, e que falhas normais controlam as bordas das bacias sedimentares cenozoicas. As falhas normais (51,5%) predominam em relação as falhas normais oblíquas (14%) e transcorrências destrais (22%) e sinistrais (12,5%). Nessas falhas a orientação principal é NE-SW, semelhante a estruturação pré-cambriana que posteriormente fora reativada, porém nas transcorrências sinistrais a direção NW-SE predomina. Dados rúpteis também foram coletados na Bacia Sedimentar de Resende, os quais estão deformando sedimentos da Fm. Resende. De acordo com os campos de tensão, foram individualizados três eventos tectônicos que atuaram no Cenozoico: (I) distensão NW-SE, de idade Eocênica-Oligocênica; (II) distensão E-W, de idade Pleistocênica Inferior; e (III) compressão NW-SE a WNW-ESE, de idade Pleistocênica.