Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Frederico Menino Bindi de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-10122009-113130/
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Resumo: |
Por décadas esquecidos ou relegados aos livros de História, os quilombos voltaram a figurar no cenário político nacional. Desde o final da década de 1980, com a inauguração de direitos especiais para os povos tradicionais, a questão quilombola passou a ser amplamente discutida em círculos acadêmicos, nos meios de comunicação e, principalmente, no interior de esferas institucionais do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. À medida que cresceu o interesse das autoridades pela temática, cresceu, também, um movimento social inédito e que, embora surgido há poucos anos, hoje abrange todo o território nacional. A emergência, expansão e os traços particulares deste movimento levaram inúmeros autores a questionarem: o que é o recente movimento social quilombola? Motivado pela mesma indagação, este trabalho dialoga com parte das teses e argumentos existentes, mas procura oferecer uma interpretação alternativa ao movimento quilombola. Após realizar uma ampla revisão sobre as Teorias dos Movimentos Sociais, a dissertação se apropria de duas ferramentas analíticas essenciais para explicar a atual mobilização dos quilombos. De um lado, são investigadas as maneiras pelas quais dinâmicas e trajetórias institucionais particulares edificaram novas oportunidades políticas, as quais favoreceram - e continuam favorecendo - a ação coletiva quilombola. De outro, apoiando-se no caso da organização política dos quilombos no Estado de São Paulo, são analisadas as estruturas de mobilização deste movimento, suas estratégias de atuação e de que maneira tais estruturas acabam influenciando na criação de novas oportunidades políticas. Apesar de tratadas de modo separado no início, estruturas de mobilização e oportunidades políticas compõem um argumento integrado. Em linhas gerais, a tese defendida aqui é de que a recente mobilização social quilombola no Brasil é resultado de uma combinação equilibrada de fatores estruturais, conjunturais e estratégicos. Argumenta-se que, mais do que desejável, é importante entendermos este recente movimento social e sua relevância para o contexto atual da democracia brasileira a partir das dinâmicas de interação entre atores civis organizados e as estruturas do estado. |