Encruzilhadas das memórias orais e corporais do Quilombo do Cafundó

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Thais Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-18112024-122626/
Resumo: Com o apagamento das táticas e estratégias de resistência da população africana e afro-brasileira na história oficial, os quilombos foram invisibilizados e, no imaginário brasileiro, o quilombo é algo do passado que não existe no presente. Desse modo, o objetivo geral da pesquisa é investigar os registros da informação como memória coletiva dos quilombolas do Cafundó, que são construídas e compartilhadas pelo grupo, a partir das práticas orais e corporais. Segundo a tradição oral, o território foi doado às (aos) ex-escravizadas (os) pelo antigo senhor delas (es) após a Lei Áurea, em 1888. Para averiguar os registros informacionais, mobilizamos as seguintes técnicas de pesquisa: entrevistas com as (os) guardiãs e guardiões da memória cultural e observação das atividades e rituais da comunidade, como as performaces realizadas pelas lideranças e griots durante as visitas de excursionistas e celebrações. Além disso, pesquisamos os documentos orais no Centro de Documentação Cultural (CEDAE), constituído por entrevistas em áudios com moradoras (es) do Cafundó entre as décadas de 1970 e 1980, obtidos com o estudo dos pesquisadores Carlos Vogt e Peter Fry. Desse modo, concluímos que o corpo é um dos lugares da memória cultural para as (os) moradoras (es) do Quilombo do Cafundó, ou seja, o mito de origem, as narrativas, as danças, a cupópia, o curima adúfo e os rituais são fontes de comunicação entre as (os) ancestrais e a geração atual da comunidade.