Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Fernanda Ciriaco de
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Orientador(a): |
Pinto, Vicente Paulo dos Santos
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Banca de defesa: |
Torres, Clarice Cassab
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Guerra, Emerson Ferreira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16334
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Resumo: |
Os quilombos no Brasil representam não apenas territórios carregados de memória, mas também fortalezas de resistência, abarcando povos tanto pré-coloniais quanto pós-coloniais. Eles manifestam uma ampla gama de formas de luta e evolução territorial, que englobam dimensões físicas e culturais. Esses espaços se destacam como elementos centrais para abordagens críticas no âmbito das geografias negras decoloniais. Nesse contexto, emerge a discussão crucial sobre o quilombo como um movimento social através da lente do "quilombismo", conceito que busca uma compreensão desprovida dos ranços racistas coloniais. O objetivo é apreender as potencialidades ancestrais e culturais negras que se entrelaçam na construção e preservação dos territórios quilombolas. Para alcançar tal fim, este estudo concentrou-se na Comunidade Quilombola de Boa Esperança-Areal, localizada no estado do Rio de Janeiro. A coleta dos dados essenciais para embasar o desenvolvimento desse estudo envolveu um processo abrangente. Foram realizadas entrevistas e observações cuidadosas, cujas percepções foram analisadas de forma qualitativa e documentadas. Essas análises não se limitaram apenas ao âmbito local de Boa Esperança, mas também buscaram contextualizar-se em escala nacional. Essa abordagem holística permitiu identificar os complexos processos de formação e reconhecimento dos territórios quilombolas em nível nacional. A relevância intrínseca da terra e da constante luta pela sua posse e manutenção tornou-se evidente ao longo do estudo. As análises realizadas lançam luz não somente sobre a existência, mas também sobre a resiliência em constante renovação das comunidades quilombolas em diversos contextos. Dessa forma, o estudo não apenas revela a riqueza das histórias desses povos, mas também contribui para um entendimento mais profundo da dinâmica social e cultural que permeia os quilombos brasileiros. |