Dos \'Essais de Michel de Montaigne\': tradução e reformulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Fuhrmann, Sonia Maria da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-25072011-174449/
Resumo: A tradução de Sérgio Milliet dos Essais de Michel de Montaigne para o português brasileiro envolve um trabalho de leitura, interpretação e escritura em várias frentes: estilística, retórica, linguística, antropológica, histórica, etc. O objetivo deste trabalho é identificar como foram traduzidos os pontos de inflexão nos quais os discursos do Outro aparecem no de Montaigne. O fio condutor do estudo pelo texto montaigneano representado pelo o paratexto páginas de rosto, prefácios e notas das edições francesas e das edições usadas na tradução leva, em torno da noção de reformulação, às heterogeneidades enunciativas e à tradução da escritura. O percurso traçado faz com que a reformulação, no sentido amplo da comunicação, seja pensada como uma noção operatória na abordagem de questões discursivas. O princípio que norteia o trabalho é baseado numa análise do discurso que considera o interdiscurso como origem de todo discurso e a heterogeneidade enunciativa como constitutiva da linguagem. Assim, a leitura/interpretação dos capítulos leva em conta a maneira como alguns traços da heterogeneidade a citação e a ironia se realizam na escritura do texto de Montaigne e nas traduções. A partir da observação empírica das traduções em francês moderno e em português brasileiro, nota-se que esses traços, diferentemente reformulados, trazem para dentro dos novos textos características que podem ser atribuídas às representações, sociais e individuais, dos próprios tradutores.