Padrões de riqueza e mobilidade social na economia cafeeira: Campinas, 1870-1940

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Abrahão, Fernando Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-01062015-150909/
Resumo: As origens da pujança econômica e da diversidade social e cultural de São Paulo são temas estudados por historiadores e economistas. Nesta tese, propõe-se um estudo da riqueza de Campinas durante a economia cafeeira, de 1870 a 1940, recorte temporal este que inicia com o auge da cafeicultura, chegando até aos primeiros desenvolvimentos de uma economia industrial e urbana. A excepcional expansão das exportações de café e a imigração de europeus, de meados do século XIX em diante, estimularam a diversidade dos mercados de trabalho e de consumo locais e tornou possível aos indivíduos comuns ascenderem socialmente em uma hierarquia dominada pela elite cafeeira. A principal fonte documental utilizada foi uma série de inventários post mortem, dos quais sistematizamos as informações pessoais dos inventariados e as propriedades declaradas e orçadas nas suas partilhas. Analisou-se, primeiramente, as origens nacionais e as ocupações econômicas dos inventariados. Na sequência, considerou-se o conjunto das riquezas líquidas dos processos e a composição das propriedades de cada indivíduo. Os dados demonstram ter havido uma extrema desigualdade na distribuição da riqueza em Campinas. Todavia, também encontramos casos de mobilidade ascendente, especialmente entre os imigrantes italianos, que foram maioria no conjunto das colônias estrangeiras do período.