Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Fabrício Rodrigues Torres de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-30082021-112136/
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Resumo: |
Objetivo: Descrever as características dos pacientes oncológicos criticamente enfermos e portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e testar a hipótese de que a coexistência da infecção pelo HIV está independentemente associada ao aumento da mortalidade hospitalar. Além disso, testamos a hipótese de que, entre pacientes oncológicos críticos infectados pelo HIV, o tipo de câncer associado ao HIV, o status imunovirológico da infecção pelo HIV e o uso de terapia antirretroviral (TARV) associam-se a maior mortalidade hospitalar.Métodos: Estudo retrospectivo multicêntrico realizado em dois hospitais terciários. Foram incluídos pacientes oncológicos adultos e admitidos de forma não planejada na unidade de terapia intensiva (UTI). Os pacientes oncológicos portadores de HIV foram comparados com pacientes não infectados pelo HIV apos pareamento adequado. O pareamento foi realizado através de um escore de propensão. O desfecho primário foi a mortalidade hospitalar. Resultados: Durante o período do estudo, foram admitidos 16797 pacientes oncológicos de forma não planejada na UTI e destes, 90 (0,5%) eram portadores de HIV. Os pacientes oncológicos portadores de HIV eram mais jovens, predominantemente do sexo masculino, apresentavam mais neoplasias hematológicas, mais disfunções orgânicas na admissão na UTI e usaram mais suportes para manutenção da vida, quando comparado aos pacientes oncológicos não portadores de HIV. A mortalidade entre os dois grupos, após o pareamento, foi semelhante (63,3% vs 64,4%, respectivamente; p = 0,88). Entre os portadores de HIV, a severidade das disfunções orgânicas medida pelo escore Sequential Organ Faliure Assessment (SOFA) [odds ratio (OR), 1,57 (Intervalo de confiança de 95% (IC-95%), 1,26 - 1,95)] e a presença de um câncer definidor de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) [OR 5,08, (IC-95%, 1,26-20,43)] foram independentemente associados a maior mortalidade hospitalar, enquanto que o status imunovirológico do HIV da infecção pelo HIV (caracterizado contagem de Linfócitos T CD4 e Carga Viral do HV), e o uso prévio de TARV não foram {respectivamente, [OR, 0,99 (IC-95%, 0,99 -1,00)]; [OR, 1,00 (IC-95%, 0,99 -1,01)]; [OR, 0,19 (IC-95%, 0,02 - 1,72)]}. Conclusão: No presente estudo, a infecção pelo HIV não foi um fator independentemente associado a maior mortalidade hospitalar em pacientes oncológicos criticamente enfermos admitidos de forma não planejada na UTI. Neste grupo de pacientes, a severidade da disfunção orgânica e a presença de um câncer definidor de AIDS foram associadas à maior mortalidade hospitalar |