Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Faria, Cristina Maiara de Paula
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Orientador(a): |
Muller, Erildo Vicente
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Banca de defesa: |
Borges, Pollyanna Kássia de Oliveira
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Dalla Costa, Ester Massae Okamoto
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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Departamento: |
Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3952
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Resumo: |
A epidemia de HIV/AIDS é dinâmica, com mudanças em sua incidência, prevalência e mortalidade. Comportamentos de risco, comorbidades e doenças oportunistas estão relacionados a esta infecção, como também a falta de adesão ao tratamento, o que tem contribuído para o aumento da mortalidade. Objetivou-se identificar o perfil epidemiológico e a tendência de mortalidade em pessoas vivendo com HIV/AIDS, no município de Ponta Grossa/PR, no período de 2008 a 2018. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo séries temporais, cujos dados de mortalidade foram obtidos do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e de perfil epidemiológico foram coletados das fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e de prontuários físicos do Serviço de Assistência Especializada do Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), os dados populacionais foram obtidos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (IPARDES). Utilizou- se de regressão linear para análise da tendência de mortalidade e o perfil sociodemográfico foi descrito por meio de medidas de frequência. Observou-se: maior incidência de óbitos para o sexo masculino (64%), com idade entre 31 e 50 anos (58%), raça branca (76%) e ensino fundamental incompleto (25%). A maior parte da transmissão se deu por via sexual. Destaca-se que em apenas 22% dos casos houve uso da terapia antirretroviral de forma regular e que em 65% dos casos os infectados viveram menos de 5 anos. Os principais grupos profissionais encontrados foram Do lar (17,34%), seguida dos Trabalhadores da Indústria Extrativa e da Construção Civil (7,74%) e Trabalhadores dos Serviços de Transporte e Turismo (7,74%). A tendência de mortalidade foi variável no decorrer dos anos de estudo, porém ao estratificar o período em 2008 – 2011 e 2012 – 2018, devido a alteração nas fichas de Declaração de Óbito para o ano de 2011, foi possível verificar um tendência de crescimento significativo para o primeiro período (p = 0,0411) e uma aparente tendência de decréscimo nos anos finais (p = 0,1681). As principais doenças de base que levaram ao óbito foram de fato doenças relacionadas ao HIV e dentre as principais Causas de óbito relatadas encontram-se a Doença pelo Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV (CID-10: B24, 49% dos casos), a septicemia (CID-10: A419, 23,53%) e a pneumonia (CID-10: J189, 15,17%). Conclui-se que o perfil de mortalidade por HIV/AIDS em Ponta Grossa é semelhante aos registros nacionais no que se refere a sexo, faixa etária, escolaridade, tratamento e transmissão, entretanto difere na tendência, ora crescente, ora decrescente de mortalidade por esta causa. |