Uma leitura intertextual da história e da literatura portuguesas por Helder Costa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Caroline de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-10092015-183343/
Resumo: O presente estudo consiste na análise e na interpretação crítica do texto teatral A Viagem Camões Poeta prático, de autoria do encenador e dramaturgo português Helder Costa, sob a óptica do emprego de recursos intertextuais como a paródia, a paráfrase e a estilização, que compõem o tecido textual, que traz à baila episódios da história lusitana, trajados em novas roupagens, distintas, sob diversos aspectos, daquelas que predominam no imaginário coletivo luso. A partir da visão brechtiana de teatro, de que a função social dessa arte reside, em grande medida, em despertar a consciência popular para a situação do presente por meio da reflexão sobre o passado, o texto teatral, objeto da presente pesquisa, estabelece diálogo entre o pretérito áureo das expansões marítimas e o contexto de escrita da peça, logo após o término da ditadura salazarista. Outro enfoque desse trabalho é o atrito gerado a partir do emprego da metaficção historiográfica no preenchimento das lacunas deixadas pelos incontestáveis fatos históricos (mote para a escrita da peça teatral de Helder Costa), que são ficcionalizados de modo a evidenciar questões acerca da arbitrariedade das fronteiras entre Literatura e História. Observa-se, ora no plano macro, ora no plano micro, que a peça de Helder Costa configura-se como uma proposta de revisão da essência saudosista do ser português.