Do verbo ouro nativo: uma leitura alquímica da obra de Herberto Helder

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chioda, Leonardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-29022024-131215/
Resumo: Esta pesquisa busca explorar as obras poéticas de Herberto Helder sob a perspectiva do simbolismo alquímico, em que suas quatro etapas fundamentais, a saber, Calcinatio (Fogo), Solutio (Água), Sublimatio (Ar) e Coagulatio (Terra), estão associadas aos quatro elementos clássicos. A convergência do corpus literário de Herberto Helder com motivos alquímicos é acentuada pela recorrência de terminologias relacionadas ao longo de sua obra. Empregando uma abordagem abrangente que envolve pesquisa bibliográfica, documental e analítica, esta tese investiga minuciosamente a intrincada interação entre a produção literária de Herberto Helder e os conceitos fundamentais da literatura alquímica, particularmente relacionados à transmutação, transformação e metamorfose. No cerne da Alquimia reside o princípio teórico de transmutar substâncias básicas em ouro, uma fonte profunda de referências simbólicas que se mostram inestimáveis na análise literária. Nesse contexto, torna-se evidente que Herberto Helder, por meio de um processo contínuo de revisão e aprimoramento de seus escritos, metaforicamente emula o modus operandi dos antigos alquimistas, que se esforçavam para aperfeiçoar a natureza por meio de seus experimentos laboratoriais. No âmago da tese está a ideia de que a experiência da morte da mãe desempenha um papel central na escrita do poeta, assemelhando-se ao conceito de prima materia na alquimia, que designa qualquer substância cuja natureza inicia o processo alquímico. Posteriormente, este estudo mergulha na análise de poemas, cartas e textos em prosa, contribuindo para um discurso reflexivo em torno do empreendimento poético como uma obra alquímica que passa pelas quatro operações elementares, culminando na busca pela elusiva Pedra Filosofal, símbolo da essência de sua obra escrita