Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Palma, Camila de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-01022019-102412/
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Resumo: |
O desenvolvimento tumoral é um processo que compreende diversas etapas e consiste no desenvolvimento progressivo de células normais para um estado neoplásico através de diversas mudanças bioquímicas e fenotípicas. Entre as principais marcas do câncer estão a capacidade de invasão tecidual e metástase. A metástase é responsável por, aproximadamente, 90% das mortes causadas por câncer. Assim, os métodos mais efetivos para a melhoria dos índices de morbidade e mortalidade relacionados ao câncer são a detecção precoce, a prevenção e o tratamento da metástase. O processo de EMT, que ocorre naturalmente durante a embriogênese e reparo tecidual, está envolvido também na progressão e metástase do câncer. A EMT induz alterações celulares e microambientais complexas que resultam na aquisição de um fenótipo mesenquimal pelas células epiteliais, juntamente com um aumento das capacidades migratórias e invasivas celulares. A EMT pode ser induzida por diversos fatores extracelulares, como os fatores de crescimento TGF?, EGF, HGF e PDGF. Além disso, a superexpressão de fatores de transcrição como SNAIL, SLUG, ZEB1 e TWIST1 também é capaz de induzir a EMT in vitro. A fim de ampliar o conhecimento dos mecanismos envolvidos no processo de EMT a nível de proteínas, foram realizadas neste trabalho análises de alterações proteômicas em diferentes modelos de indução da EMT na linhagem de adenocarcinoma de mama MCF7, sendo eles a superexpressão do FT SNAIL, o tratamento com o inibidor de histonas deacetilases SAHA e o tratamento com o fator de crescimento EGF. A análise proteômica detalhada por LC-MS/MS das frações subcelulares de núcleo, citoplasma e membrana das células superexpressando SNAIL gerou uma lista de proteínas reguladas relacionadas com o processo de EMT e que foram avaliadas nos demais modelos de indução. Entre essas, a proteína HDAC1, que teve seus níveis diminuídos pela superexpressão de SNAIL. O tratamento da linhagem MCF7 com o inibidor de histonas deacetilases SAHA demonstrou uma correlação positiva com o aumento dos níveis de SNAIL nas células MCF7, sugerindo um cross-talk entre ambas as proteínas. Além disso, otratamento com SAHA induziu alterações celulares e proteicas que também sugerem a indução do processo de EMT nas células MCF7. Por fim, o tratamento com o fator de crescimento EGF também foi capaz de induzir a EMT nas células MCF7 e apresentou envolvimento na regulação do ciclo celular, alterações de proteínas em comum com os demais tratamentos e regulação diferencial de proteínas entre os subcompartimentos, indicando similaridades entre os processos e potenciais mecanismos de translocação subcelular. Em conclusão, este estudo relevou proteínas alvo relacionadas à EMT, abrindo possibilidades para tentar alterar processos relacionados à progressão tumoral e ao processo metastático. |