Auditoria de contas em um hospital de ensino especializado em cardiologia e pneumologia: um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Guerrer, Gabriela Favaro Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-08032013-140459/
Resumo: As instituições hospitalares que prestam serviços às operadoras de planos de saúde investem na auditoria de contas visando à adequada remuneração do atendimento prestado. No momento da pré-análise das contas a equipe de auditoria realiza correções para fundamentar a cobrança dos procedimentos, evitar glosas e perdas de faturamento. Nesta perspectiva esta pesquisa objetivou verificar os itens componentes das contas dos pacientes internados, conferidos por enfermeiras, que mais receberam ajustes no momento da pré-análise; identificar o impacto dos ajustes no faturamento das contas analisadas pela equipe de auditoria (médicos e enfermeiras) do hospital após a pré-analise; calcular o faturamento que esta equipe consegue ajustar nas contas e identificar as glosas relacionadas aos itens por ela conferidos. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, retrospectiva, de abordagem quantitativa na modalidade de estudo de caso, desenvolvida no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foram estudadas 2.613 contas pré-analisadas pela equipe de auditoria do InCor no período de janeiro a dezembro de 2011. O faturamento concentrou-se em 04 (62,9%) das 34 operadoras de planos de saúde credenciadas. Houve predominância da operadora A (27,6%), porém o maior valor médio obtido por conta referiu-se a operadora D com R$ 19.187,50. Os itens mais incluídos nas contas pelas enfermeiras foram gases (90,5%); materiais de internação (85%) e serviço de enfermagem (83,2%). Materiais de Hemodinâmica com média de R$ 1.055,90 (DP± 3.953,45); gases com média de R$ 707, 91 (DP± 843,95) e equipamentos com média de R$ 689, 42 (DP± 1145,20) constituíram os itens de maior impacto financeiro nesses ajustes. Os itens mais excluídos das contas referiram-se a medicamentos de internação (41,2%); equipamentos (28%) e serviços de enfermagem (17%). Em relação aos ajustes negativos os itens que tiveram maior impacto financeiro foram os materiais de Hemodinâmica com média de R$ 3.860,15 (DP± 15.220,80); medicamentos utilizados na Hemodinâmica com média de R$ 1.983,04 (DP± 8.324,42) e gases com média de R$ 1.048,51 (DP± 3.025,53). As enfermeiras incluíram R$ 1.877.168,64 e excluíram R$ 1.155.351,36 e os médicos incluíram R$ 563.927,46 e excluíram R$ 657.190,19. Caso não fosse realizada a pré-análise, haveria a perda de R$ 628.554,55 no faturamento. Dentre as contas analisadas 91,42% receberam ajustes, sendo 57,59% positivos, com média de R$ 1.340,75 (DP±2.502,93) e 33,83% negativos, com média de R$ 1.571,58 (DP± 5.990,51). O total de glosas dos itens analisados por enfermeiras ou por médicos, bem como em itens examinados por ambos, correspondeu em média a R$ 380,51 (DP±1.533,05). As glosas referentes aos itens conferidos por médicos perfizeram um total médio de R$ 311,94 (DP±646,86) e as glosas referentes aos itens conferidos por enfermeiras de R$ 255,84 (DP± 1.636,76). O excesso de ajustes evidenciou a deficiência e a falta de uniformidade dos registros da equipe de saúde. Considera-se que esta pesquisa representa a possibilidade de avanço no conhecimento acerca da auditoria de contas hospitalares à medida que investigou o processo de pré-análise realizado por enfermeiras e médicos auditores