Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Holovatino, Lillian Bondezan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-31052023-163530/
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Resumo: |
A realização independente e autônoma das atividades instrumentais da vida diária (AIVDs) demanda das pessoas idosas condições de preservação física e competências psicológicas. Alterações no senso de independência para realizá-las podem se refletir na experiência emocional dos indivíduos de forma heterogênea, incluindo quadros de vulnerabilidades ao bem-estar e riscos à saúde mental. Examinar a composição de agrupamentos segundo indicadores de dependência (total ou parcial) para a realização AIVDs, assim como as associações desses agrupamentos com sintomas depressivos específicos em idosos residentes na comunidade foi o objetivo de pesquisa que motivou o desenvolvimento da presente dissertação de Mestrado em Gerontologia. Para tal, realizou-se um estudo descritivo e analítico com delineamento transversal a partir do banco de dados eletrônico da coleta de seguimento do estudo FIBRA - Fragilidade em Idosos Brasileiros - polo Unicamp realizada nas localidades de Campinas (SP) e Ermelino Matarazzo (SP) anos de 2016-2017. O banco de dados foi composto por informações de 419 idosos (M= 80 anos (+ 4,5)); 69,4% sexo feminino), residentes na comunidade, com prevalência de 49,64,% dependentes para as AIVD segundo a escala de Lawton e Brody e prevalência de 29,1% para depressão segundo a GDS-15. Para a formação dos grupos e caracterização dos grupos, utilizou-se a análise de cluster pelo método de agrupamento hierárquico de Ward e medidas de similaridade, considerando a dependência para cada AIVD, seguidas de análise de regressão multinomial para identificar as razões de chance para um dos sintomas depressivos que compõem a GDS-15. A análise de cluster resultou em quatro grupos de manifestação de dependência para AIVDs, com verificação crescente no número, tipo de dependências e associações com condições sociodemográficas e piora quanto à autoavaliação de saúde, senso de autonomia e controle entre os clusters 1 a 4. Após ajuste pelas variáveis sexo, status conjugal, autoavaliação de saúde e percepção de controle e autonomia, os clusters apresentaram probabilidades diferenciadas quanto as experiências emocionais indicadas pelos sintomas depressivos. Em relação ao cluster 1, o mais preservado de condições de dependência, o cluster 2 apresentou experiências emocionais sugestivas de rebaixamento em afetos positivos (item 7 da GDS, O.R.=4,19) e disposição física (item 13 da GDS, O.R.=2,03). O cluster 3, com maiores dependências para AIVDs realizadas fora do domicílio, revelou probabilidade sugestiva de vulnerabilidades para o isolamento social ( item 7, O.R.=4,88 e item 9, O.R.=2,05). O Cluster 4, com maior número e tipos de dependências, apresentou maior probabilidades para a experiência de sintomas depressivos centrais para o diagnóstico clínico de depressão, sendo considerado o grupo mais vulnerável a essa ocorrência. As evidências, sugerem, portanto, a validade em especificar as dependências em termos das atividades instrumentais pois estas expõem as pessoas idosas a diferentes experiências emocionais. Estratégias de atenção em saúde e profissionais da reabilitação devem incluir tais vulnerabilidades nos planos de cuidado e estimular políticas públicas que promovam o cuidado comunitário e a valorização do capital social de idosos, mesmo em condições de dependência. |