O voluntariado entre idosos no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Silva, Heather Antoinette Barker Dutra da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-11082023-170503/
Resumo: Com o objetivo de caracterizar as pessoas com 60 anos e mais quanto à prestação de trabalho voluntário ou gratuito, residentes na área urbana do Município de São Paulo/SP, no ano de 2000, foram realizadas 2.143entrevistas sob a forma de inquérito domiciliar analisadas segundo os dados sócio-econômicos e de saúde dos idosos. Classificaram-se os tipos de voluntariado em participação direta (prestação de serviços) e indireta (doações), bem como os idosos que não realizaram nenhuma atividade voluntária. Dentre os entrevistados, 27% praticaram alguma forma de voluntariado. A participação indireta respondeu por 22,6% das atividades voluntárias e a direta por 4,4%. Os idosos declararam-se brasileiros (91%), casados (57,5%), católicos (71%), alfabetizados (79%) e possuir algum tipo de plano/seguro de saúde privado (41%). Quanto à condição no domicílio,62% eram chefes de família e possuíam em média 68,68 anos de idade. Cerca de 80% dos voluntários obteve no inquérito, AVD (Atividades da Vida Diária) e AIVD (Atividades Instrumentais de Vida Diária)=0. Dentre os voluntários, 28,8% responderam que estavam trabalhando no momento da entrevista sendo que mais da metade o fazia por necessidade do ganho (66,9%). A maior fonte de receita dos voluntários é a da aposentadoria ou a pensão (73,5%). Aqueles que realizaram atividades voluntárias de forma direta perceberam melhor renda mensal (7,6 salários-mínimos) que os idosos envolvidos de forma indireta (5,58 salários-mínimos). A doação em dinheiro foi a mais usual dentre os tipos de doações (comida e roupa), correspondendo a idosos que possuíam, em média, 68,57 anos (67%). A maior parte dos idosos que não participaram do voluntariado também eram brasileiros (89,9%), casados (55,6%), católicos (65,8%); apresentaram menor percentual de alfabetização (75,2%). Quanto à condição no domicílio,62% eram chefes de família e 28% trabalhavam no momento da entrevista, também por necessidade de ganhar algum dinheiro. Quanto à capacidade funcional, a maior parte dos idosos (81%) tinha autonomia total. Os idosos não voluntários perceberam menores rendimentos que os idosos voluntários (4,75 salários-mínimos/mês) com 72,7% dos rendimentos provenientes de aposentadoria ou pensão. Esses resultados demonstraram como o voluntariado entre os idosos foi praticado à distância e por uma pequena parcela da população\' residente na cidade de São Paulo. Tomando o voluntariado como um dos recursos voltados para um envelhecimento ativo e saudável, conforme preconiza o Plano de Ação Internacional sobre o envelhecimento, aprovado pela ONU - Organizações das Nações Unidas, verifica-se a importância de políticas públicas que possibilitem o crescimento das atividades em questão junto à população idosa.