A contraintuição na física clássica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guimarães, Cecília Mouta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-25082023-175159/
Resumo: A pesquisa consiste em analisar o aspecto contraintuitivo que a física desenvolveu a partir do período histórico conhecido como Revolução Científica. Para isso, o trabalho analisa a defesa de Galileu do heliocentrismo em seu livro Diálogo Sobre os Dois Máximos Sistemas de Mundo, pois tal defesa necessitou do desenvolvimento de uma nova física, que buscamos defender ser uma física contra-intuitiva, para dar suporte a esse modelo astronômico. O trabalho investiga três momentos da argumentação de Galileu. O primeiro, em relação ao movimento de rotação da Terra, configura o problema da queda vertical e a analogia do navio. O segundo refere-se ao movimento de translação da Terra e compreende os problemas de retrogradação dos planetas, o problema de brilho dos planetas e a paralaxe estelar. Por fim, também investigamos a argumentação de Galileu acerca das manchas solares. Todos esses problemas, para serem resolvidos, necessitam de uma nova conceituação de realidade. É necessário um afastamento das nossas percepções cotidianas e a implementação de conceitos contraintuitivos para explicar essa nova realidade fenomênica. Desta forma, são analisadas características na argumentação de Galileu que tenham contribuído para o desenvolvimento de uma teorização contraintuitiva na física, como a utilização de analogias, experimentos mentais e a adoção da perspectiva no tratamento dos fenômenos físicos.