Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Ciro Thadeu Tomazella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-19082022-114333/
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Resumo: |
Nesta dissertação exploramos o processo de aceitação do uso da matemática na física como algo inerente a esta. Iniciamos com uma análise historiográfica da obra de historiadores do século 20 que descreveram a Revolução Científica como um processo de quebra com a filosofia natural aristotélica, supostamente qualitativa, e de desenvolvimento de uma ciência quantitativa. Esses historiadores situaram a matematização do movimento realizada por Galileu Galilei no século 17 como central nesse processo, sendo que alguns enfatizaram a importância do pensamento platônico para validar uma visão matemática de mundo. Analisamos então o desenvolvimento das abordagens de Galileu do movimento de queda livre e do movimento de projéteis, comparando-as com trabalhos de autores anteriores, como Niccolò Fontana Tartaglia e Domingo de Soto, explorando também as perspectivas de Aristóteles e Platão sobre a possibilidade de uma descrição matemática dos fenômenos naturais. Concluímos problematizando a suposta centralidade de Galileu no processo de naturalização do uso da matemática nos fenômenos naturais, comparando sua obra com abordagens anteriores e ilustrando como, ao menos até o século 19, ainda havia resistência ao uso da matemática na descrição de fenômenos naturais. |