Epidemiologia e fatores associados à gravidade da infecção viral aguda de vias aéreas inferiores em crianças hospitalizadas em Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vito Sobrinho, Fabrícia Louzada Depizzol
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-12022020-173815/
Resumo: As infecções virais agudas do trato respiratório inferior representam importante problema de saúde pública no mundo e são responsáveis por grande número de óbitos em lactentes jovens, em países em desenvolvimento. Realizamos estudo observacional retrospectivo de coorte, que teve como objetivo, investigar a epidemiologia e os fatores associados à gravidade dos quadros de infecções virais agudas de vias aéreas inferiores em crianças de < 6 anos de idade, hospitalizadas no Hospital e Pronto Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz em Manaus. Incluímos 146 crianças < 6 anos de idade, hospitalizadas por infecções virais agudas de vias aéreas inferiores no HPS Delphina Rinaldi Abdel Aziz, em Manaus, no Setor de Pediatria, no período de 1 de abril de 2017 a 31 de agosto de 2018, com diagnóstico clínico e com isolamento viral positivo em aspirado de nasofaringe. Coletamos todos os dados em prontuário eletrônico através de fichas de avaliação específicas. As crianças foram divididas em 2 grupos, de acordo com a gravidade da doença classificada conforme o escore de Gagliardi (doença moderada, com escore de Gagliardi 0-4; n= 66 (45,2%) e doença grave, com escore 5-7; n= 80 (54,8%)). Observamos maior número de casos de infecções virais agudas de vias aéreas inferiores nos meses com maior precipitação pluviométrica. O vírus sincicial respiratório foi o mais prevalente (n=103; 70,3%). O único fator de risco de gravidade da doença encontrado foi a presença de coinfecção viral (RR 1,59; IC95% 1,18- 2,15). Não houve associação da gravidade da doença com o tipo de vírus nem com a presença de comorbidades. Os pacientes com doença grave tiveram maior tempo de ventilação mecânica em comparação àqueles com doença moderada (mediana de 2 dias vs. 0; p=0,01). Doze pacientes (8,2%) morreram, todos com doença grave. Os fatores de risco para óbito foram evolução para choque (RR 10,53; IC 95% 2,40-46,17) e necessidade de uso de drogas vasoativas (RR 10,86; IC95% 2,48-47,63).