Sibilância recorrente após bronquiolite viral aguda pelo vírus sincicial respiratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Rita Elizabeth Checon de Freitas
Orientador(a): Bastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4341
Resumo: O Vírus Sincicial Respiratório é considerado o principal agente etiológico das infecções respiratórias agudas do trato inferior em crianças menores de dois anos de idade, sendo a bronquiolite viral aguda a principal delas. Além de causar uma elevada morbidade na fase aguda, a bronquiolite pelo Vírus Sincicial Respiratório tem sido associada a problemas respiratórios em longo prazo, especialmente, a sibilância recorrente. Este estudo teve como objetivos determinar a taxa de incidência de sibilância recorrente após um quadro de bronquiolite pelo Vírus Sincicial Respiratório em uma amostra de crianças menores de um ano atendidas em Pronto-Socorro e sua eventual associação com diferentes fatores de risco. A análise dos dados foi realizada por meio do modelo linear generalizado com distribuição de Poisson e função de ligação logarítmica. Setenta e seis crianças foram acompanhadas, por um período de dois anos e meio. A mediana da idade foi de um mês e meio; 58% eram pacientes do sexo masculino; em 68% dos casos havia um familiar com infecção respiratória aguda no domicílio; 91% das mães não fumaram na gravidez e em 35,5% dos casos havia um familiar fumante no domicílio. A média de anos de escolaridade para pai e mãe foi de oito anos; havia em média cinco habitantes por domicílio e três pessoas dividindo o mesmo quarto de dormir do paciente. Sessenta e dois por cento dos pacientes foram hospitalizados durante a bronquiolite. As taxas de incidência de sibilância recorrente bruta e ajustada foram de 3,7 e 3,6 episódios criança-ano respectivamente. As variáveis analisadas como potenciais fatores de risco foram: idade e sexo do paciente, hospitalização à época da bronquiolite, história familiar de asma e de atopia. Na análise multivariada somente sexo e história familiar de asma se mostraram independentemente associados ao desfecho. A taxa de incidência de sibilância recorrente foi 37% maior nas meninas e 41% maior em pacientes com história familiar de asma. Conclusão: Este é o primeiro estudo brasileiro e o terceiro do mundo em desenvolvimento sobre este assunto e mostrou uma importante morbidade respiratória de crianças após um quadro de bronquiolite viral aguda pelo Vírus Sincicial Respiratório.