Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Hypolito, Elisa Girardi |
Orientador(a): |
Piva, Jefferson Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263364
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Resumo: |
Introdução: Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a covid- 19 uma pandemia e, durante esse período, foram implementadas intervenções para reduzir a transmissão do vírus SARS-CoV-2. Como consequência dessas medidas, especula-se que a circulação de vários vírus respiratórios foi reduzida, devendo, portanto, impactar na epidemiologia das bronquiolites virais agudas (BVAs) em todo o mundo. Objetivos: Avaliar as características epidemiológicas e clínicas da BVA em crianças menores de dois anos admitidas em sala de emergência pediátrica em um hospital terciário da região Sul do Brasil, durante a pandemia da covid-19. Metodologia: Estudo transversal. Foram incluídos todos os pacientes menores de dois anos admitidos na unidade de emergência pediátrica do hospital, de março de 2020 a junho de 2022, com diagnóstico de BVA. Foram excluídos pacientes com diagnóstico de fibrose cística, displasia broncopulmonar e pneumopatia do refluxo. Os dados foram coletados mediante prontuário eletrônico, sendo revisada a história clínica de cada paciente. Foram avaliados os agentes etiológicos virais, com foco no vírus sincicial respiratório (VSR), influenza e SARS-CoV-2 e mensuradas as possíveis associações com desfechos clínicos, como necessidade e tempo de oxigenoterapia por cateter extra nasal (CEN) e cateter nasal de alto fluxo (CNAF), tempo de internação e evolução clínica final. O programa utilizado para a análise estatística foi o SPSS v. 20.0 e considerou-se um nível de significância de 5% para as comparações estabelecidas. Resultados: Foram admitidos 356 pacientes com diagnóstico de BVA durante o período do estudo (26 em 2020; 181 em 2021; 149 em 2022). O VSR foi o agente etiológico mais prevalente (36%), responsável por 0 internações em 2020, 74 (40,8%) em 2021 e 54 (36,2%) em 2022 (p=0,001). Esses pacientes apresentaram maior necessidade de oxigenoterapia suplementar em relação à influenza e ao SARS-CoV-2 (95,3%; 86,7% e 77,3%, respectivamente) (p=0,01). Em relação à evolução clínica e terapêutica (uso e tempo de oxigenoterapia por CEN e CNAF, tempo de internação hospitalar e desfecho final), não houve diferença nos anos analisados, exceto que, em 2020, as BVAs tiveram menor necessidade de uso de O2 (61,5% x 81,1% em 2021 e 83,9% em 2022) (p=0,02). Poucos casos de BVA por SARS-CoV-2 foram constatados durante o período do estudo (2 em 2020, 5 em 2021 e 15 em 2022) (p=0,02). Conclusão: Constatou-se que durante a pandemia da covid-19 ocorreu redução do número de admissões por BVA e houve uma redução ainda maior do VSR. Em 2021, o VSR voltou a ser o vírus mais prevalente. Em relação à evolução clínica dos pacientes, não houve diferença nos anos analisados, constatando que as BVAs no período da pandemia não foram mais graves. Houve poucos casos de BVA por SARS-CoV-2, dado sugestivo de que lactentes não são gravemente afetados por esse vírus. |