Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1988 |
Autor(a) principal: |
Torres, Roberto Augusto de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191220-135506/
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo estudar e quantificar o grau de controle genético da estabilidade fenotípica de cultivares de milho, e dar subsídios a programas de melhoramento deste cereal. Foram utilizados dados dos Ensaios Nacionais de Milho, conduzidos em 12 localidades da região Centro, segundo a divisão geográfica do Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), nos anos agrícolas de 1982/83, 1983/84 e 1984/85. Foram avaliadas 42 cultivares de milho, plantas com ciclo e porte normais, em látice retangular 6 x 7, simples duplicado, em cada ensaio, sob a coordenação do CNPMS/EMBRAPA. No sentido de atender aos objetivos do trabalho fez-se o agrupamento das repetições do delineamento original, de forma a gerar dois grupos de dados dentro de cada local e ano. A constituição de cada grupo foi obtida pelo sorteio dos arranjos X e Y de modo que cada um contivesse um arranjo X e um Y. Os grupos, assim originados, foram analisados usando-se o delineamento em látice retangular simples de 6 x 7, para obtenção das médias ajustadas dos cultivares. O modelo utilizado para se obter as estimativas dos parâmetros de estabilidade foi o da regressão linear segmentada de SILVA & BARRETO (1985). A constituição dos dois grupos de dados permitiu a obtenção de duas estimativas de cada parâmetro de estabilidade. Assim procedendo, foi possível avaliar o grau de controle genético destes parâmetros. O mesmo grau de determinação genética foi obtido para o rendimento de espigas, que assim serviu como ponto de referência. Os valores dos coeficientes de determinação genético obtidos para as estimativas dos parâmetros de estabilidade fenotípica foram, para B1: 0,5638 ± 0,0752, 0,0732 ± 0,1073 e 0,2120 ± 0,1031; para B2: 0,3838 ± 0,0919, 0,0000 ± 0,1077 e 0,3430 ± 0,0952; para (B1 + B2): 0,2871 ± 0,0989, 0,3333 ± 0,0959 e 0,2879 ± 0,0988 e para produtividade obteve-se: 0,7378 ± 0,0145, 0,5361 ± 0,0227 e 0,6205 ± 0,0196, para os anos agrícolas 1982/83, 1983/84 e 1984/85, respectivamente. Uma análise adicional foi feita, para 17 cultivares comuns aos três anos estudados, obtendo-se os coeficientes de repetibilidade entre anos dos coeficientes angulares e da produtividade. Os coeficientes de repetibilidades obtidos foram de: 0,2638 ± 0,1093, 0,1996 ± 0,1088, 0,1981 ± 0,1088, e 0,4315 ± 0,0311 para os coeficientes angulares B1, B2, (B1 + B2)e a produtividade, respectivamente. Diante desses resultados e pelo fato de não se ter detectado correlação estatisticamente significativa entre as estimativas dos parâmetros de estabilidade e de produtividade, o que indica que estas características devem ter controles genéticos independentes, concluiu-se que é preferível se selecionar primeiro para produtividade e, dentro destes genótipos selecionados, selecionar-se para estabilidade, uma vez que o grau de controle genético e a repetibilidade da produtividade foram em torno de duas vezes maiores do que os da estabilidade. Por isso, também, concluiu-se que o melhoramento visando maior estabilidade deve ser processo mais lento e difícil do que o melhoramento visando aumentos de produtividade de grãos. |