Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1980 |
Autor(a) principal: |
Santos, João Bosco dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240301-153354/
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Resumo: |
A estabilidade da produção de grãos e de seus componentes primários foi estimada a partir dos dados obtidos em onze ensaios de competição, com doze cultivares de feijão, em sete locais do Sul de Minas Gerais, durante os anos de 1974/75 a 1977/78. Para avaliar a estabilidade fenotípica das cultivares utilizou-se a metodologia proposta por EBERHART e RUSSELL (1966). A caracterização dos ambientes para o estudo da estabilidade fenotípica foi feita através da avaliação das interações cultivares x locais, cultivares x anos e cultivares x locais x anos. Também foram estimadas as correlações fenotípicas entre os parâmetros de estabilidade de todos os caracteres, bem como os coeficientes de repetibilidade da produção de grãos e de suas respostas linear e não linear às variações ambientais. Com base na magnitude das interações, locais e anos agrícolas foram considerados como ambientes diferentes para o estudo da estabilidade fenotípica. A produção de grãos e o peso médio de 100 sementes responderam às variações ambientais de forma predominantemente linear, enquanto os caracteres números médios de vagens por planta e sementes por vagem mostraram respostas lineares menos acentuadas. Para os caracteres produção de grãos, número médio de vagens por planta e número médio de sementes por vagem, a maioria das cultivares apresentou respostas diretamente proporcionais às variações ambientais, pois os coeficientes de regressão não diferiram significativamente da unidade. Apesar da maioria dos coeficientes de regressão das cultivares terem sido semelhantes à unidade, os b da produção de grãos não se correlacionaram significativamente com os b dos componentes primários da produção. As cultivares variaram quanto à estabilidade, avaliada pelos desvios da linearidade num gradiente ambiental, tanto para a produção de grãos, como para seus componentes primários. Os desvios da linearidade da produção de grãos foram positivamente correlacionados com os desvios do número médio de vagens por planta, podendo assim contribuir para seleção das cultivares com produções de grãos mais estáveis. Os desvios da regressão do número médio de sementes por vagem e peso médio de 100 sementes não se correlacionaram significativamente com os desvios da produção de grãos. Nas condições ambientais deste trabalho, a cultivar Costa Rica 1031 apresentou o maior potencial produtivo, desvios da regressão não significativos e coeficiente de regressão semelhante à unidade. Todavia, a coloração preta das sementes diminui o valor desta cultivar para o mercado regional. Considerando esses parâmetros de estabilidade, a cultivar Vi. 1011 revelou-se a mais indicada para a região Sul de Minas Gerais, além de possuir sementes com coloração aceitável para o consumo. A cultivar Pintado, apesar da capacidade de produção ter-se situado em torno da média, mostrou-se promissora somente para os ambientes mais pobres. As cultivares Vi. 1010, Jalo EEP558 e Manteigão Fosco 11 exibiram pequeno potencial produtivo, apesar de terem mostrado comportamentos previsíveis. As cultivares Carioca 1030, Ricobaio 1014, Rico 23, Seleção Cuva 168N e Ricopardo 896 apresentaram elevados desvios da linearidade. Um desvio intermediário foi apresentado pelo cultivar ESAL 1. A baixa determinação genética para as respostas linear e não linear da produção de grãos indicou que se devem esperar grandes dificuldades no melhoramento delas. |