Estimação de parâmetros genéticos e fenotípicos em uma variedade de milho dentado braquítico opaco (Zea mays, L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Zimback, Leo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20231122-100924/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo avaliar a potencialidade genética da variedade de milho dentado braquítico opaco, para os caracteres peso de espigas, altura de planta e de espiga, peso de 100 grãos, densidade de grãos, % de óleo, % de proteína, % de triptofano e % de triptofano na proteína. Foram avaliadas 349 progênies de meios irmãos originadas de plantas de 1 espiga (subpopulação A) e 349 de plantas prolíficas (subpopulação B), para os caracteres: peso de espigas, altura de planta e de espiga, e peso de 100 grãos; e 200 progênies por subpopulação para os caracteres densidade e teor de óleo, em um delineamento em latice duplicado, com parcelas de 25 plantas (5m2). Nos caracteres % de proteína, % de triptofano e% de triptofano na proteína, utilizou-se aproximadamente 160 progênies por sub população, em um delineamento em blocos ao acaso. Os dados foram submetidos às análises de variância e covariância conforme modelo proposto por MIRANDA FILHO et alii (1974) e GERALDI (1977). A partir destes, foram estimadas, a variância genética aditiva (̂σ2A), variância entre progênies (̂σ2P), variância ambiental entre parcelas (̂σ2e), variância fenotípica dentro de progênies (̂σ2d), variância fenotípica entre plantas (̂σ2F) e entre médias de progênies (̂σ2 ̄F). Estimaram-se também o coeficiente de herdabilidade, correlações genéticas e fenotípicas, progressos genéticos esperados e respostas correlacionadas com a seleção. Boas médias de peso de espigas foram obtidas para a subpopulação A (4,366 kg) e subpopulação B (4,379 kg), com uma variabilidade relativamente alta, juntamente com os caracteres altura de planta, altura de espiga, peso de 100 grãos, % de proteína, % de triptofano e % de triptofano na proteína, todos apresentando herdabilidades elevadas, em concordância com alguns resultados obtidos na literatura. O carater teor de óleo e densidade de grãos mostraram baixas herdabilidades devido à elevadas estimativas de erro ambiental, entretanto o carater teor de óleo apresentou boas médias na subpopulação A (5,55%) e na subpopulação B (6,10%), que diferiram significativamente, com base em intervalos de confiança. Outros caracteres que apresentaram boas médias foram: teor de triptofano (0,1048% e 0,1057% para as subpopulações A e B respectivamente), e teor de triptofano na proteína na subpopulação A (1,067%) e subpopulação B (1,076%), sugerindo bons efeitos do gene opaco-2 na qualidade proteica da variedade. Devido às altas correlações genéticas aditivas obtidas, a seleção para peso de espigas acarretará ganhos elevados em altura de planta e altura de espiga, mantendo o índice de altura de espiga da subpopulação A (0,505) e da subpopulação B (0,517), que são satisfatórios de acordo com a literatura sobre plantas braquíticas. O carater peso de espigas só mostrou correlações significativas com os caracteres peso de 100 grãos (-0,325 e -0,287) e densidade (0,393 e 0,320) para as subpopulações A e B respectivamente, e com teor de óleo (0,198) para a subpopulação A. As referências para estas correlações mostram resultados muito variados. Altas correlações genéticas aditivas negativas foram encontradas entre o carater peso de 100 grãos e % de óleo, peso de 100 grãos e% de triptofano na proteína, densidade e % de óleo, densidade e % de proteína, densidade e % de triptofano e ainda % de proteína com % de triptofano na proteína, associações estas que mostram a dificuldade de selecionar alguns caracteres sem prejudicar outros. Foram observadas correlações genéticas positivas para peso de 100 grãos e densidade (0,203 e 0,209), peso de 100 grãos e % de proteína (0,183 e 0,293) e ainda densidade e % de triptofano na proteína (0,175 e 0,201), para as subpopulações A e B respectivamente. No entanto, as correlações mais importantes foram entre % de óleo e % de proteína (0,811 e 0,843), % de triptofano e % de triptofano na proteína (0,829 e 0,990) e entre % de óleo e % de triptofano (0,845 e 1,010). Os ganhos genéticos esperados na seleção e algumas respostas correlacionadas esperadas, para os caracteres peso de 100 grãos, densidade, % de óleo, % de proteína, % de triptofano e % de triptofano na proteína, foram levemente superiores no esquema de seleção massal, comparado ao esquema de seleção entre e dentro de famílias de meios irmãos.