Estimação de parâmetros genéticos e fenotípicos em duas populações de milho (Zea mays L.) opaco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Mamede, Francisco Berilo Facanha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-173748/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento de duas populações de milho com base genética ampla contendo o gene o2o2, a ESALQ-VD-2 opaco e a ESALQ-VF-1 opaco, através da estimação de parâmetros genéticos e fenotípicos em diversos caracteres de importância agronômica. Os ensaios foram instalados em outubro de 1983 na Fazenda Experimental do Anhembi, distrito de Anhumas, município de Piracicaba - SP, constando de látices simples 10x10 com duas repetições para cada população. Quatrocentas progênies foram avaliadas empregando-se o método de seleção entre (20%) e dentro (10%) de progênies de meios-irmãos, sendo 200 progênies representativas da população dentre opaco e 200 progênies referentes à população "flint" opaco. Os caracteres mensurados em campo foram a produtividade em (g/pl) calculada através do peso de espigas despalhadas, a altura da planta, altura da espiga, e o número de ramificações do pendão; a partir da inflorescência feminina obteve-se o comprimento, o diâmetro e o número de grãos da espiga. Em laboratório foram determinados, além do peso de 100 grãos, os caracteres de qualidade como teor de proteína, teor de triptofano no grão, e teor de triptofano na proteína. As médias obtidas revelaram que a população ESALQ-VD-2 opaco superou a ESALQ-VF-1 opaco, quanto ao peso de espigas despalhadas, altura da planta, altura da espiga, número de grãos da espiga, peso de 100 grãos e teor de proteína. Os coeficientes de variação experimental foram considerados satisfatórios. As estimativas de parâmetros genéticos e fenotípicos foram obtidos ao nível de médias de parcelas, onde tem-se que a variância genética entre progênies de meios-irmãos (̂σ2P), e a variância genética aditiva (̂σ2A) foram superiores nos caracteres peso de espigas despalhadas, comprimento, diâmetro e número de grãos na espiga e no teor de proteína bruta na população ESALO-VD-2 opaco; na "flint" opaco, o peso de 100 grãos superou a primeira população. Estimou-se ainda a variância ambiental entre parcelas (̂σ2e), a variância fenotípica entre plantas dentro de progênies (̂σ2F) e à nível de médias (̂σ2/F). Os coeficientes de variação genética (CVg) encontrados indicaram apreciável quantidade de variabilidade genética livre, enquanto que os coeficientes de herdabilida de no sentido restrito, à nível de plantas (ĥ2) e à nível de médias (ĥ2/x), se mostraram superiores na maioria dos caracteres na população ESALQ-VD-2 opaco, exceto altura da planta, e da espiga. O peso de 100 grãos e o teor de triptofano no grão foram superiores na população ESALQ-VF-1 opaco. A estimativa do coeficiente de correlação genética aditiva (rA), foi negativa entre o peso de espigas despalhadas e os caracteres altura da espiga e teor de proteína nas duas populações estudadas. Foram mensuradas ainda as estimativas dos coeficientes de correlação fenotípica (rF) e ambiental (re). Os ganhos genéticos esperados (Ge) foram obtidos para todos os caracteres, aplicando-se seleção entre (20%) e dentro (10%) de progênies de meios-irmãos e a seleção massal em ambos os sexos. Caracteres como peso de espigas despalhadas, altura da planta, peso de 100 grãos, teor de triptofano e triptofano na proteína, entre outros, tiveram ganhos genéticos mais elevados, quando a seleção foi feita pelo primeiro método, enquanto que o teor de proteína obteve maior progresso, quando foi aplicada seleção massal nas duas populações. As estimativas de respostas correlacionadas para peso de espigas, quando se selecionou para altura da planta e da espiga, comprimento da espiga e número de ramificações do pendão foram negativas ao contrário de quando a seleção foi para diâmetro da espiga e número de grãos da espiga na população ESALQ-VD-2 opaco; na população ESALQ-VF-1 opaco a resposta correlacionada para peso de espiga foi negativa ao se selecionar para altura da espiga. Para peso de espigas e peso de 100 grãos, obteve-se uma resposta correlacionada negativa para teor de proteína nas duas populações.