Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Mayara Alves dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-13052021-165442/
|
Resumo: |
A doença arterial coronariana (DAC), é considerada a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Por outro lado, a reabilitação cardiovascular (RC) baseada em exercício físico é uma ferramenta terapêutica adjuvante importante no tratamento da DAC. Os benefícios da RC a curto e médio prazo já foram demonstrados, destacando-se a melhora da capacidade aeróbia (consumo máximo de oxigênio, VO2máx) e auxílio no controle dos fatores de risco cardiovasculares. Porém, não é bem documentado se esses benefícios se mantém por um longo período de RC. Objetivo: Avaliar o comportamento do VO2máx e dos principais fatores de risco cardiovasculares ao longo de 10 anos de participação em um programa de RC baseada em exercício em pacientes com DAC. Métodos: Foram analisados retrospectivamente prontuários de pacientes com DAC, participantes do programa de RC do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O desfecho principal foi o comportamento do VO2máx, bem como, sua resposta em subgrupos de pacientes que realizaram 1, 3, 5 e 10 anos de RC. Os desfechos secundários foram: peso, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial (PA) de repouso, lípides sanguíneos e glicemia de jejum. O modelo misto generalizado foi utilizado para a análise estatística longitudinal do VO2máx. O teste t de \"Student\" foi utilizado nos subgrupos para a comparação das variáveis: VO2máx estimado e medido diretamente, % do VO2 predito para idade e sexo, e para os desfechos secundários pré e pós RC. Foi considerada diferença significativa p<0,05. Resultados: Na análise longitudinal, o VO2máx aumentou a partir dos 3 meses de RC e parte deste ganho inicial foi mantido até 10 anos de RC. Na análise do tempo de RC por subgrupos de pacientes, tanto o VO2máx estimado como o medido diretamente aumentaram significativamente após 1, 3 e 5 anos de RC em relação ao pré e manteve-se semelhante ao pré após 10 anos de RC. A % do VO2máx predito para idade e sexo aumentou (p<0,05) em todos os tempos de RC analisados. A PA diastólica reduziu em todos os tempos de RC analisados (p<0,05). Já, a PA sistólica reduziu após 1 e 10 anos de RC (p<0,05) e a PA média reduziu após 1, 5 e 10 anos de RC (p<0,05). O HDL-colesterol aumentou em todos os tempos de RC analisados (p<0,05) e o colesterol total, LDL-colesterol e TG reduziram após 10 anos de RC (p<0,05 para todos). O peso corporal, o IMC e a glicemia de jejum foram mantidos semelhantes ao período pré em todos os tempos de RC analisados. Conclusão: Em pacientes com DAC, a participação continuada em programa de RC baseado em exercício físico promoveu aumento inicial da capacidade aeróbia, o qual foi sustentado parcialmente até 10 anos; melhora da PA e do perfil lipídico e; manutenção do peso corporal e da glicemia de jejum. Esses resultados sugerem que a continuidade da participação em um programa de RC baseado em exercício físico por longos períodos é eficaz na manutenção dos benefícios alcançados na fase inicial |