Efeitos do exercício aeróbico na fase I da reabilitação cardíaca de pacientes submetidos à revascularização do miocárdio: ensaio clínico controlado randomizado
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8605 |
Resumo: | A prática de exercício físico tem se mostrado benéfica em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. Entretanto, a atividade física aeróbica precoce após cirurgia cardíaca tem sido pouco estudada na fase hospitalar. Objetivou-se investigar os efeitos do exercício aeróbico precoce em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio. Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado, com pacientes adultos submetidos à cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio, divididos em dois grupos: controle (protocolo de fisioterapia convencional); e intervenção (realizou de forma adicional, exercício aeróbico com cicloergômetro desde o primeiro dia de pós-operatório). Foram avaliadas a função pulmonar, força muscular respiratória e a capacidade funcional no período pré-operatório e no dia da alta hospitalar. Durante o treino aeróbico foram registradas a frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), duplo produto (DP), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e frequência respiratória (FR), antes do atendimento, no terceiro e quinto minuto, além de cinco minutos após o término da intervenção. Complicações e alterações eletrocardiográficas também foram verificadas. Em ambos os grupos houve redução significativa da função pulmonar e na força muscular expiratória, enquanto a força muscular inspiratória foi mantida. A capacidade funcional foi mantida no grupo intervenção (364,5 [324,5;428] vs. 348 [300,7;413;7] metros, p = 0,06), entretanto, reduziu significativamente nos pacientes do grupo controle (320 [288,5;393.0] vs. 292 [237;336] metros, p = 0,01. Diferença significativa na capacidade funcional também foi encontrada nas análises intergrupos na alta hospitalar (p = 0,03). Observou-se diferença estatística em todas as variáveis mensuradas durante o exercício com cicloergômetro, exceto na SpO2. A FC, PAS, DP e FR comportaram-se de forma semelhante, com aumento durante a prática do exercício e retorno aos valores basais após a sessão (p < 0.001). A PAD apresentou diferença significativa somente entre o terceiro minuto e a medida após o atendimento (p = 0,001). Ressalta-se que as variações estatisticamente significativas encontradas não implicaram em repercussões clínicas. O exercício aeróbico aplicado precocemente após revascularização do miocárdio pode promover manutenção da capacidade funcional, sem impacto sobre a função pulmonar e força muscular respiratória, quando comparado à fisioterapia convencional, além de provocar alterações cardiorrespiratórias estatisticamente significativas, porém sem impacto clínico, demonstrando a segurança e viabilidade deste recurso terapêutico nesta fase da reabilitação. |