Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Estevão Tavares de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-06122021-142908/
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Resumo: |
Introdução: Recentemente emergido como um marcador de um estado pró-aterogênico e pró-inflamatório, a relação do número de monócitos pelo valor do HDL-colesterol (RMH) tem sido relatada como um preditor prognóstico nas doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar se a variação do RMH obtido durante a hospitalização por um evento de síndrome coronariana aguda (SCA) e repetido ambulatorialmente após dois meses é um melhor preditor de eventos cardiovasculares maiores do que a RMH isolada obtida durante o evento agudo. Material e métodos: Coorte prospectiva que incluiu pacientes admitidos por SCA no período de janeiro de 2019 a março de 2020. O RMH foi quantificado em dois momentos: durante a admissão por SCA (RMH1) e no primeiro retorno ambulatorial (RMH2). A partir destes dois valores, foi quantificada a variação desta relação (ΔRMH). Todos os pacientes foram seguidos prospectivamente por meio de contato telefônico avaliando a ocorrência de eventos cardiovasculares maiores (MACE) conforme padronizado internacionalmente durante 180 dias de seguimento. Resultados: Foram incluídos 191 pacientes nesta investigação. Com base na RMH1 e na RMH2, obtida após 66 dias [intervalo interquartil (IQ) 39 - 93], os indivíduos foram divididos em dois grupos, um com diminuição do ΔRMH < 0 (N=113) e, outro, com aumento do ΔRMH ≥ 0 (N=78). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre estes dois grupos. A prevalência de MACE foi maior no grupo ΔRMH ≥ 0 em comparação com grupo ΔRMH <0 (22% vs. 07%); p = 0,003. As curvas de Kaplan-Meier mostram uma maior ocorrência de MACE no grupo ΔRMH ≥ 0 vs. grupo ΔRMH < 0 [Hazard ratio (HR): 3,96; (intervalo de confiança (IC) de 95% 1,74 - 8,99); p = 0,0004. A análise da curva de Característica de Operação do Receptor (ROC) mostrou que o ΔRMH foi um melhor preditor da ocorrência de MACE do que as outras duas relações isoladas, ΔRMH área sob a curva (ASC) ROC de 0,73 (IC95% 0,63 - 0,83) vs. RMH1 ASC de 0,49 (IC95% 0,38 - 0,60) vs. RMH2 ASC de 0,65 (IC95% 0,53 - 0,77), respectivamente, p=0,0009. Conclusão: A ΔRMH é um importante marcador prognóstico após SCA. Esta relação é calculada a partir de exames bioquímicos que já fazem parte da rotina destes pacientes, não trazendo custos adicionais. Este é um marcador que poderá ser utilizado para identificação do risco cardiovascular residual após evento de SCA ajudando a identificar pacientes que, potencialmente, se beneficiariam de intervenções adicionais com medicamentos anti-inflamatórios. |