Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Csizmar, Viviane Nunes Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-08012020-100425/
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Resumo: |
Introdução: Para aplicação de um modelo de cardiologia preventiva, unindo a prevenção secundária à prática clínica, países desenvolvidos têm investigado as dificuldades de acesso, operacionalização, limitação dos sistemas de saúde, números de centros de reabilitação cardíaca, barreiras profissionais e pessoais para atendimento integral ao paciente e redução do número de comorbidades presentes em pacientes com DCV. Objetivo: Identificar parâmetros de risco cardiovascular e caracterizar possíveis barreiras para reabilitação cardíaca, em pacientes com história pregressa de doença arterial coronária e infarto agudo do miocárdio, acompanhados por equipes da Estratégia Saúde da Família. Materiais e método: Estudo transversal, com indivíduos adultos cadastrados em seis Unidades de Saúde da Família em Ribeirão Preto, SP. Foram incluídos todos que apresentavam histórico de IAM, angioplastia coronária e revascularização do miocárdio. Os participantes foram submetidos a uma entrevista com aplicação de questionário semiestruturado e avaliação física: aferição da pressão arterial, frequência cardíaca, peso, estatura e circunferência de cintura. O questionário continha: classificação socioeconômica por meio do questionário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP); escala de barreiras para reabilitação cardíaca (EBRC); International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) versão reduzida; Teste de Fagerstrom; Questionário de Identificação de Transtornos pelo Consumo de Álcool (AUDIT-c); Medical Outcomes Study 36 - Tem Short - Form Health Survey (SF-36). Análise estatística: A análise descritiva foi feita por meio de frequência absoluta e relativa, média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo, primeiro e terceiro quartil. Para verificar a associação entre as variáveis categóricas foi utilizado o teste qui-quadrado, teste exato de Fisher e apresentado o valor p. Para análise das variáveis quantitativas contínuas foi utilizado o teste de correlação de Pearson e o respectivo intervalo de confiança 95%. Resultados: 62 pessoas participaram do estudo. A idade média foi de 68,16 anos (DP 9,3). Destes, 46,8% são mulheres e 53,2% homens. Referiram IAM prévio 37,0% dos participantes, angioplastia coronária 6,5%, revascularização do miocárdio 11,3%, dois dos eventos descritos 38,7% e três desses eventos 6,5%. Não tinham conhecimento sobre a reabilitação cardíaca 91,9% da amostra, e apenas 11,3% referiram ter feito treinamento cardiovascular com exercício. As barreiras evidenciadas para reabilitação cardiovascular foram referente aos domínios de \"Percepção de necessidade\" e de \"Comorbidade e estado funcional\". Quanto a presença de fatores de risco cardiovasculares, 14,5% são tabagistas, 21% fazem uso de álcool, 37,1% são obesos, 29% apresentaram PAS maior que 140 mmhg e 12,9% PAD maior que 90 mmhg, 66,1% apresentaram obesidade abdominal, 61,3% são sedentários ou não mantém um nível mínimo de atividade física, 22,6% apresentaram FC maior que 80 bpm. No SF36, o menor escore foi 61 para o domínio vitalidade e o componente físico teve a menor pontuação. Três ou mais fatores de risco agregados estiveram presentes em 69,4% da amostra. O escore de aglomeração de fator de risco apresentou indício de associação com obesidade central, PAS, PAD e FC (p<0,001). Conclusão: Os dados demonstram que a maioria dos participantes são idosos, que já experimentaram um evento cardiovascular prévio, com baixo nível de atividade física, sobrepeso e obesidade. Ausência de abordagem médica com o paciente, falta de orientação, educação sobre RC. Esses resultados sugerem que há uma necessidade de conscientização dos pacientes em relação à RC e de gerar encaminhamentos para um programa de cardiologia preventivo adequado. |