A autonomia dos danos estéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Caio Guimaraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2131/tde-03052021-013943/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre o dano estético, delimitando sua autonomia frente ao dano moral e material, por meio da apresentação de seu conceito e de suas características inerentes. Embora a doutrina tenha evoluído sobremaneira na questão da responsabilidade civil, especificamente no tocante aos danos estéticos, e que a jurisprudência pátria já reconheça, majoritariamente, sua existência e a necessidade de reparação, inclusive tendo sido matéria de súmula editada pelo Superior Tribunal de Justiça, ainda há focos de discordância entre os juristas, tanto no que tange o entendimento de tratar-se de mera subdivisão dos danos morais, como na verificação dos requisitos ensejadores e do cálculo do valor indenizatório para tais lesões. Nessa senda, será apresentado um paralelo entre os dois posicionamentos existentes, o primeiro negando a existência deste como sendo um dano autônomo e, portanto, descabida a sua reparação autônoma; e o segundo corroborando sua existência. A análise do tema será desenvolvida a partir da conceituação do que é dano, quando é configurada a sua existência e em que situações há a obrigatoriedade jurídica de sua reparação, para depois dividi-los e verificar as peculiaridades do dano estético. Para perceber e estabelecer as diferenças entre os danos estéticos, morais e materiais, será estudada a natureza jurídica do dano em questão, seu amparo legal, iniciando pela análise das garantias que asseguram sua proteção em âmbito constitucional, para, em seguida, verificar a proteção e possíveis aplicações destes nas normas infraconstitucionais. Será enfrentada a problemática do cálculo da extensão dos danos estéticos e a sua quantificação adequada para chegar ao arbitramento do montante apropriado para sua justa reparação. Isto feito, serão apresentadas hipóteses de seu acontecimento em situações fáticas não usuais, como danos provenientes de disposição voluntária do corpo, advindas de Transtorno da Identidade da Integridade Corporal, pesquisas clínicas e gestação por substituição