Principais desafios na gestação em gaiolas individuais e em baias coletivas. Gestação coletiva: o Perú está pronto?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rivera Ulloa, José Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-21052021-125143/
Resumo: A eficiência produtiva da fêmea suína depende diretamente do sucesso do seu manejo reprodutivo, visando produzir um maior número de leitões por fêmea por ano. O alojamento coletivo de porcas gestantes é um manejo que já está contemplado como obrigatório em vários países, e se mostra como tendência em outros, entre outras razões pela pressão da população que pede melhorar a qualidade de vida dos animais. Este manejo traz novos desafios para a suinocultura Sul-Americana, uma vez que nestes países ainda prima o alojamento de porcas gestantes em gaiolas individuais durante todo o período de gestação. A principal desvantagem de manter as fêmeas em gaiolas individuais é a incidência e severidade de problemas de casco como problema primário. De acordo com diversos autores a taxa de descarte devido a claudicação e lesões de casco em granjas comerciais é entre 6 e 35%, levando a diminuição da longevidade do plantel. As matrizes que apresentam essas lesões sofrem de dor constante que afeta negativamente o consumo de ração. No sistema de gestação e baias coletivas, o problema principal é a ocorrência de brigas para estabelecer a hierarquia social no grupo. Um aspecto muito importante a considerar na melhoria do bem-estar dos animais é que tem um custo, então é importante saber se o consumidor está disposto a pagar mais por aquele produto. O objetivo da primeira parte do estudo foi determinar o tamanho e severidade do problema em matrizes suínas alojadas em gestação individual, baixo as condições climáticas de manejo em granjas tecnificadas em Lima, Perú; Encontrou-se que mais de 98% de todas as fêmeas avaliadas apresentaram pelo menos um tipo de lesão de casco. A segunda parte do estudo visou determinar se a redução do tempo que as matrizes permanecem separadas no ciclo reprodutivo diminui as agressões entre porcas gestantes, baseando-se na memória do coletivo sobre a hierarquia estabelecida no ciclo anterior; Foi encontrado que reduzindo o tempo de separação das fêmeas não se alterou a quantidade de brigas ao momento de reagrupamento. Finalmente foi feita uma enquete a consumidores peruanos de carne suína para saber se a redução do estresse no sistema de criação dos animais tem algum valor para eles. O resultado mostrou que o consumidor peruano ainda não mostra conhecimento nem grande preocupação sobre a origem, ética e impacto ambiental da produção dos seus alimentos. Porém no quesito de sofrimento animal parece mostrar uma sensibilidade que o leva a querer saber mais sobre o processo de criação.