Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Sellera, Fabio Parra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-11062019-144532/
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Resumo: |
A dermatite digital (DD) é uma das principais doenças podais que acomete bovinos leiteiros, destacando-se negativamente pela queda na produção o volume de leite produzido e pelo seu oneroso tratamento. Como alternativa ao uso de antibióticos, a terapia fotodinâmica (PDT) se apresenta como uma opção interessante no tratamento de infecções cutâneas em animais de produção, evitando a seleção de micro-organimos resistentes. O objetivo deste estudo foi investigar o uso da PDT para tratar a DD em bovinos leiteiros. Para compor os grupos experimentais, 20 lesões de DD, localizadas nos membros pélvicos de 16 animais, foram tratadas com PDT (350mW/Led; = 660nm ± 10nm; A = 13,20 cm2; I = 120mW/cm2) associado à aplicação tópica do fotossenbilizador azul de metileno (300µM; apresentação em gel; com 5 min de tempo de pré-irradiação) ou com aplicação tópica de oxitetraciclina (500 mg em solução à 20%). Cada lesão foi tratada duas vezes com intervalo de 14 dias entre elas. A caracterização macroscópica das lesões foi realizada no momento inicial, e fotografias digitais foram realizadas semanalmente para análise da redução da área das lesões. Além disto, foram coletadas biópsias de cada lesão nos dias 1, 7, 21 e 28, sendo posteriormente analisadas para diferentes colorações histológicas, as quais objetivaram a detecção de micro-organismos e a análise comparativa do processo de cicatrização. Ainda, biópsias de pele realizadas na região dos bulbos dos talões de 10 animais que não apresentavam lesões foram usadas como controle histológico. Em ambos os tratamentos houve redução da área da lesão, sendo que não houve diferença significante entre os tratamentos. Apesar da regressão significante ao longo do período, no último dia de avaliação, três animais tratados com oxitetraciclina ainda apresentavam pequenas lesões, algo que não foi observado nos animais tratados com PDT. Adicionalmente, o tratamento com oxitetraciclina resultou em leve aumento de colágeno do tipo III e diminuição de colágeno do tipo I, enquanto a PDT promoveu aumento significante da área total de colágeno, em especial do tipo I, em relação ao momento inicial. Espiroquetas foram observadas em todas as lesões, no momento que antecedeu os tratamentos, entretanto não foram visualizadas na pele dos animais saudáveis. Ao término do período de avaliação, cinco lesões tratadas com oxitetraciclina ainda apresentavam espiroquetas, enquanto no grupo tratado com PDT não foi possível evidenciar estes micro-organismos em nenhuma das lesões. Portanto, a PDT mostrou ser uma opção mais eficaz do que a oxitetraciclina no tratamento da DD. |