Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
França, Luiz Fernando de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-27022019-142258/
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Resumo: |
Nesta tese, a partir da leitura de estórias escritas por João Dias, José Craveirinha, Luís Bernardo Honwana, Costa Andrade, Antonio Cardoso, Luandino Vieira, Arnaldo Santos e Jofre Rocha nas décadas de 50 e 60 no contexto colonial angolano e moçambicano, analiso as estratégias narrativas utilizadas pelos autores para formalizar a violência das relações de trabalho impostas pelo colonialismo. No estudo dessas narrativas engajadas focalizo e sistematizo as estruturas convergentes que denunciam a exploração do trabalhador e da trabalhadora em Angola e Moçambique. Com efeito, considerando as recorrências estruturais encontradas e sistematizadas no contexto recortado, julgo que enuncio aqui, cônscio dos limites do estudo, a existência de uns contos iguais a muitos, ou seja, de diferentes estórias que valendo-se de estratégias narrativas congruentes formam uma estrutura de denúncia das relações de trabalho. Enunciadas por um(a) narrador(a) empenhado(a), estas estórias de enclausuramento, resistência e libertação articulam um confronto entre as ações das personagens agressoras brancas (patrões e seus agentes) e as dos(as) trabalhadores(as) negros(as). Além disso, é recorrente o uso de uma temporalidade tensiva e a inserção dos(as) trabalhadores(as) em espaços sociais compartimentados. Diante da vida rastejante e dos caminhos fechados, da exploração, da imobilidade e do racismo, as estórias também estruturam um processo de resistência no qual os(as) trabalhadores(as) enfrentam seus agressores e promovem a contra-violência do colonizado. |