Existe vida após o culto? Um estudo analítico sobre o envolvimento da igreja Universal do Reino de Deus na “vida” política e social de Angola e Moçambique

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Teixeira, Everton Batista lattes
Orientador(a): Luna, Naara Lúcia de Albuquerque lattes
Banca de defesa: Luna, Naara Lúcia de Albuquerque lattes, Pereira, Luena Nascimento Nunes lattes, Gomes, Edlaine de Campos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11453
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo investigar a atuação da Igreja Universal do Reino de Deus em países do continente africano: Angola e Moçambique. O foco está na formação de uma “nova” prática evangelística, relacionada ao trabalho das igrejas em atividades de cunho social. A Igreja Universal do Reino de Deus, ícone do neopentecostalismo, é uma importante instituição no campo religioso brasileiro que desenvolve trabalhos evangelísticos em países africanos a partir de ações sociais e auxílio a sujeitos marginalizados. O trabalho faz uma análise sobre a construção dos discursos religiosos abordando seus enquadramentos no cotidiano dos países onde desenvolvem seu processo evangelístico. Em tais discursos, dão ênfase para a construção de uma imagem de igreja “benfeitora” e preocupada com as questões extra culto e bem relacionada com o Estado, desfrutando de reconhecimento pelas autoridades. Serão analisadas notícias veiculadas no site da Igreja Universal do Reino de Deus, no informativo oficial Folha Universal, além de blogs e os livros de Edir Macedo, líder da IURD, bem como a imagem veiculada nas cinebiografias. O estudo desenvolve reflexões sobre o processo atual de evangelização promovido por essa igreja, a forma como são utilizados “novos” meios de inserção na vida local e sobre como as igrejas elaboram sua imagem filantrópica atuando em Moçambique e Angola. Como contraponto, são analisadas notícias da imprensa desses países acerca da Igreja Universal, o que promove um choque entre o discurso oficial da igreja e o discurso quase sempre de denúncia da mídia. A conclusão aborda acusações de racismo institucional e as tensões sobre a dinâmica interna da igreja em relação a suas filiais no exterior.