A produtividade no Brasil: uma análise regional e setorial sobre seu desempenho e determinantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Nathália Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-12082019-111756/
Resumo: Este trabalho teve por finalidade estudar o comportamento da produtividade brasileira entre 2002-2015 e identificar a influência de alguns determinantes para o seu desempenho. Este enfoque é importante porque a produtividade é considerada elemento fundamental do crescimento econômico e neste trabalho, especificamente, seu desempenho foi estudado por meio das medidas de produtividade do trabalho e total dos fatores, desagregadas por grandes setores econômicos e regiões geográficas, de modo a constatar quais regiões e setores mais contribuíram para a produtividade agregada do país. Ademais, após analisado o desempenho da produtividade, foram realizadas as decomposições do crescimento para verificar como decorreu a contribuição da produtividade para o crescimento econômico, e também como se decompôs o crescimento da produtividade setorial e regional. Por fim, considerado o comportamento da produtividade do trabalho no período, foi analisado como alguns determinantes a influenciaram, categorizados em criação, transmissão e absorção de conhecimento; educação, saúde e dimensão social; infraestrutura física; eficiência no mercado (de produção, financeiro e de mercado de trabalho) e economias de aglomeração; e instituições e integração comercial. A análise foi realizada utilizando a metodologia de regressão quantílica com efeitos fixos para dados em painel para as 27 unidades federativas brasileiras. Dentre os principais resultados, verificou-se a estagnação da PTF agregada, apesar da contribuição positiva do setor agropecuário. As medidas de produtividade do trabalho apresentaram certa consonância com as estimativas de PTF, novamente com destaque para o setor agropecuário. As regiões que obtiveram melhor desempenho foram a Norte e Centro- Oeste. Os exercícios de decomposição de crescimento destacaram as contribuições positivas dos fatores capital, capital humano e PTF para o setor agropecuário, e a absorção de mão de obra para os setores industrial e de serviços. Também foi constatado que o desempenho da produtividade setorial no país decorreu principalmente de variações na produtividade intrassetorial, em razão das vantagens locacionais e competitivas regionais. Por fim, a respeito da análise dos determinantes, os resultados mostram que a produtividade é mais sensível às variáveis estruturais de crescimento econômico como desenvolvimento humano, educação e infraestrutura física.