Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Tessarin, Milene Simone |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12140/tde-20122018-183108/
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Resumo: |
A indústria de transformação é formada por um conjunto de setores com grande potencial para estimular o crescimento econômico, sobretudo de países em desenvolvimento, como o Brasil. Vários fatores definem as condições produtivas e tecnológicas do país, como a inovação tecnológica, a diversificação produtiva e a proximidade setorial (cognitiva e tecnológica), os quais também podem se diferenciar de acordo com os setores de atividade. Para compreender as características recentes da indústria de transformação brasileira esta tese procura responder algumas questões: i) as empresas que realizaram cooperação para inovar no Brasil apresentaram perfil distinto daquelas que inovaram sem cooperar? ii) o esforço inovativo realizado por empresas nacionais e estrangeiras é similar? iii) os subsetores da manufatura brasileira são diversificados e possuem desempenho econômico superior em relação aos não diversificados? iv) há um padrão de diversificação entre os subsetores? v) existe uma relação de proximidade produtiva e tecnológica entre os setores industriais que pode ser confirmada a partir das habilidades dos trabalhadores? Essas perguntas ajudarão a entender melhor algumas questões ainda não exploradas pela literatura brasileira com o grau de detalhamento explorado nesta tese. Para tanto, foram obtidas algumas tabulações especiais da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) e da Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA-Empresa) para anos recentes. Também criou-se um índice para captar habilidades produtivas e tecnológicas relacionadas às ocupações dos trabalhadores, que foi utilizado em uma nova aplicação de modelos econométricos espaciais para medir a proximidade cognitiva e tecnológica. O detalhamento dos dados solicitados resultou em informações inéditas que permitem fazer algumas avaliações conclusivas sobre o desempenho recente da manufatura brasileira nos temas abordados. Primeiro, empresas que cooperaram para inovar apresentaram um esforço inovativo muito superior às que não cooperaram, independente da origem do capital e da categoria tecnológica, sendo que o fato de cooperar foi mais decisivo para diferenciá-las que a origem do capital. Segundo, os subsetores com plantas produtivas industriais diversificadas possuem desempenho produtivo superior frente àqueles não diversificados. Há um padrão de diversificação da produção em que subsetores tendem a diversificar mais intensamente para dentro do mesmo grupo setorial, enquanto apenas os subsetores mais tecnológicos diversificam para grupos setoriais mais distantes. Terceiro, foi encontrado um padrão em que setores que possuem trabalhadores com habilidades produtivas e tecnológicas tendem a ter em sua vizinhança setores com as mesmas características, e isso permite que efeitos econômicos transbordem para sua vizinhança. Assim, os resultados apontaram que algumas características da indústria de transformação brasileira quanto à inovação, diversificação e proximidade setorial podem ser reforçadas a fim de obter melhor desempenho econômico. Esforços inovativos podem ser ampliados ao estimular empresas inovadoras a realizarem cooperação para inovar. O desempenho dos subsetores pode ser aperfeiçoado ao ampliar a diversificação das plantas produtivas. E ainda, pode-se produzir efeitos positivos sobre a economia de forma mais ampla ao focalizar ações para setores que possuam uma rede de vizinhança mais densa e que demandam habilidades produtivas e tecnológicas |