Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Mayara Figueiredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-04092017-102446/
|
Resumo: |
Ao ingressar no ambiente escolar, a criança se depara com novas demandas e desafios que requerem a ampliação de seu repertório comportamental, sejam esses acadêmicos ou sociais. Com isso, as habilidades e/ou déficits sociais desta irão se evidenciar neste ambiente, uma vez que os repertórios comportamentais - como cumprimento de regras, respeito ao próximo, tolerância à frustação, resolução de conflitos, entre outros - serão exigidos com maior frequência. Devido a estas peculiaridades, é comum, em alguns casos, que a interação social com os colegas apresente certas limitações, entre elas a rejeição entre pares. Essa experiência pode agravar dificuldades emocionais e comportamentais na criança, gerando prejuízos a curto, médio e longo prazo em sua vida. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo geral caracterizar a rejeição social entre crianças do Ensino Fundamental I e formular hipóteses funcionais sobre a emissão e manutenção de comportamentos relacionados ao status sociométrico de rejeição. Participaram 105 alunos de três escolas públicas do interior do Paraná, com idade média de 7,48 anos (DP= 0,52), sendo 49% do sexo feminino e 51% do sexo masculino. Para verificar o status social dos participantes, realizou-se a entrevista sociométrica por nomeação, individualmente, na qual se solicitou a indicação de três colegas da turma que a criança entrevistada escolheria para brincar (nomeações positivas) e três crianças da turma que não escolheria para brincar (nomeações negativas). Para cada nomeação, solicitaram-se os motivos para tal escolha. Uma vez identificados os alunos com status social de rejeição, foram realizadas as observações dos comportamentos desses alunos, declarados como motivos para as nomeações negativas. Dos 105 alunos participantes do estudo, 13,3% foram classificados como rejeitados pelos pares; destes, 57,1% eram do sexo masculino. As justificativas mais citadas para nomeações negativas para os alunos com status de rejeição foram agressividade e perturbação do ambiente. As hipóteses funcionais levantadas para os comportamentos agressivos e que perturbavam o ambiente em geral, eram reforçados positivamente com a atenção dispensada pela professora e/ou pelos pares, e, em outras situações, reforçados negativamente com a retirada de situação aversiva (p. ex. interação com os colegas, execução da demanda). Os resultados obtidos no presente estudo, quanto aos comportamentos indicativos de rejeição social, coadunam-se com a literatura nacional e internacional. Entretanto, destaca-se neste cenário a ausência de estudos que abordem, além das topografias comportamentais, a avaliação funcional de tais comportamentos, lacuna esta que o presente estudo procurou preencher. Avaliar funcionalmente os comportamentos que se expressam nos relacionamentos interpessoais pode contribuir para aprofundar a compreensão dessas interações e delinear intervenções preventivas com foco nas alterações do ambiente do aluno. A partir dessas considerações, sugerem-se novos estudos sobre a avaliação e análise funcional de comportamentos envolvidos nos relacionamentos entre crianças e implicados nos diferentes status sociométricos, especialmente no âmbito nacional |