Intervenção ampliada baseada nos programas Promove Pais e Promove Crianças sobre o status sociométrico de rejeição em escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Maria Estela Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-20122022-113551/
Resumo: A relação entre pares caracterizada pela rejeição produz prejuízos no desenvolvimento social e emocional da criança, com repercussões na adolescência e vida adulta, estando frequentemente associada a abandono escolar, criminalidade, abuso de substâncias, depressão e ansiedade. Programas de intervenção ampliada têm apresentado resultados mais promissores, em especial quando são contempladas as relações interpessoais de todo o ambiente próximo da criança. A presente pesquisa, fundamentada epistemologicamente na ciência da Análise do Comportamento, norteada filosoficamente pelo Behaviorismo Radical, e na Ciência da Prevenção, teve como objetivo verificar os efeitos dos Programas Promove Pais e Promove Crianças, quando aplicado no formato remoto, no status sociométrico de rejeição e na estrutura de rede social de crianças escolares. O delineamento da pesquisa foi misto, com medidas independentes de duas variáveis, com avaliação pré e pós teste. Foi realizada também a análise de processo, para verificar a fidelidade da aplicação dos programas adaptados e a aplicação dos Programas no modelo remoto. Das 233 crianças selecionadas, aderiram efetivamente à pesquisa somente 8 crianças, sendo 4 alunos de um colégio público e 4 alunos de um colégio particular, entre 10 e 12 anos de idade, distribuídas por conveniência em 8 grupos organizados segundo a turma em que estavam matriculados, e que tiveram seu status sociométrico aferido e sua rede de interações sociais analisada antes e após a intervenção e no seguimento após 4 meses. Destas crianças, aderiram efetivamente aos encontros realizados somente 8 crianças, sendo 4 alunos de um colégio público e 4 alunos de um colégio particular. Os efeitos da intervenção foram avaliados quantitativamente e qualitativamente pelo registro, tratamento e análise dos dados. Verificou-se que não houve diferenças estatisticamente significativas no status sociométrico e nas redes sociais (sociogramas) das turmas das crianças avaliadas, tendo havido baixa adesão e grande evasão na participação das crianças e seus pais, em especial no colégio particular. Dentre as 8 crianças participantes, três tinham status de rejeição no préteste e duas saíram deste status no pós-teste e seguimento. Concluiu-se que a aplicação dos Programas de forma remota e a adaptação do formato presencial para o modelo remoto foi possível, embora este formato parece ter prejudicado a adesão e permanência dos participantes. Ressalte-se a necessidade de realizar novas pesquisas a respeito da implementação dos programas em formato remoto fora do contexto da pandemia e sugere-se que os Programas possam ser estudados quando aplicados dentro do ambiente e rotina da escola, promovendo maior participação das crianças e seus pais, e garantindo uma amostra mais expressiva para a análise dos efeitos do Programa