Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Messias, Fernando Firmino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-15052013-082527/
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Resumo: |
O crescimento econômico brasileiro nas décadas de 60 e 70, sobretudo, levantava questões importantes referentes aos mecanismos nos quais se estabelecia a exploração da força do trabalho frente à modernização nacional e, por conseguinte, à consolidação de um padrão de acumulação urbano-industrial. Nessa direção, verificava-se a superexploração do trabalho como fundamental ao contexto do Milagre Econômico, assentado em relações de trabalho cuja especificidade estava no pagamento de um salário ao trabalhador que não correspondia às necessidades integrais para a sua reprodução. No interior deste debate, alcançavam-se os problemas da reprodução da força de trabalho que levava a cabo o processo econômico, dos quais se desdobram, nas grandes metrópoles brasileiras, principalmente, os termos da espoliação urbana. Diante deste quadro, a urbanização no Brasil, sobretudo a partir da dimensão que assumia o crescimento das periferias urbanas , foi compreendida como um momento deste processo, pois denotava uma modernização que, no limite, não apenas reproduzia os salários insuficientes dos trabalhadores e a carência por bens de consumo coletivos no âmbito de um diminuto salário indireto -, mas também os tinha como fundamento. Esta dissertação procura recuperar algumas questões deste debate acerca das periferias da superexploração do trabalho e tecer algumas considerações de modo a auxiliar na reflexão sobre a reprodução social contemporânea a partir da periferia de São Paulo. Para tanto, constitui nosso foco traçar uma interpretação a respeito da modernização brasileira, buscando seu fundamento na negatividade do trabalho. Nesta medida, não nos reservamos a negar a espoliação urbana como intrínseca à modernização nacional, mas sim a uma tentativa de deslocar os termos a que se refere, inserindo a sua razão de ser não em padrões distributivistas, mas como uma das formas de manifestação da crise do trabalho. O esforço, nesta direção, se fez com o resgate de alguns pontos do método e da teoria presente em obras de Lukács e Marx, além de alguns de seus interlocutores, o que nos permite reconhecer a pertinência da abstração valor como mediação não superada da sociedade capitalista. Pretende-se, assim, corroborar para uma análise que se permita trazer à discussão uma Comunidade da periferia de São Paulo a partir dos nexos sociais e dos processos fundamentais aos quais reporta. A Vila Nova Esperança, comunidade que trazemos à investigação nesta dissertação, situada na divisa entre os municípios de São Paulo e Taboão da Serra, se compõe de inúmeros processos que revelam, a partir de nossa interpretação, momentos capazes de descortinar o 10 sentido da reprodução social capitalista em sua universalidade, no âmago da modernização periférica. |