Crise do capital e reestruturação metropolitana: desdobramentos em curso na reprodução de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Messias, Fernando Firmino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-21112018-102629/
Resumo: Esta pesquisa buscou compreender as transformações da metrópole de São Paulo sob as determinações que exigem um aprofundamento das diretrizes econômicas na reprodução do espaço da metrópole paulistana, vislumbrado pela implantação do Rodoanel Mário Covas. Nessa direção, as transformações das quais a discussão tratou reportam necessariamente à atualização de um território urbano economizado, que apenas pode ser devidamente compreendida à luz das contradições que se desdobram desta forma social, a saber, a capitalista. Ademais, a exposição aqui privilegiou, em seu primeiro capítulo, um resgate teórico das contradições não superadas da sociedade moderna desveladas por Marx e, em seguida, as considerações de autores que trazem questões importantes dos desdobramentos inerentes à reprodução social do capitalismo no século XX, a exemplo daquelas trazidas por Ernest Mandel, Robert Kurz e Henry Lefebvre. Em síntese, tratou-se neste momento inicial de recuperar a crise do capital e a produção do espaço enquanto bases conceituais às reflexões pertinentes à pesquisa. O capítulo seguinte, munido das considerações a propósito da reprodução do espaço e da cidade como condição da reprodução das relações sociais de produção, procurou lançar os argumentos que apontam para São Paulo enquanto território privilegiado do capital, ressaltando a mobilidade da riqueza mobiliária e imobiliária como sendo o nexo fundamental à (re)produção de seu espaço. Nele, constituíram-se, assim, momentos de discussão dos termos da territorialização do capital a partir da reprodução de São Paulo, ressaltando, inclusive, formas de mobilizar riqueza frente a um contexto de acumulação problemático em seus termos substanciais. Por fim, o capítulo 3 procurou expor recortes que trouxessem à discussão a processualidade da atualização do território urbano economizado. Para tanto, expôs-se momentos em sua conexão com a produção do espaço metropolitano: a construção do Rodoanel, a eclosão de empreendimentos logísticos-industriais (condomínios logísticos), os impasses da transferência do CEAGESP e as pressões para expropriação que chegam aos moradores da Vila Nova Esperança, comunidade localizada nas mediações do Rodoanel. A síntese de tais momentos revela uma hipermobilidade da riqueza pressuposta na metrópole de São Paulo condicionada pelos limites internos que marcam a reprodução social capitalista contemporânea.