Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luciana Tabajara Parreiras e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-20072018-100203/
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Resumo: |
A Síndrome do Intestino Curto (SIC) é uma doença complexa que ocorre após extensa ressecção do intestino delgado, levando a uma má absorção de nutrientes e fluidos, uma condição que pode causar diarreia, desnutrição e perda de peso graves com alto risco para o desenvolvimento da osteoporose. Estudos recentes mostram existir ampla interação fisiológica do esqueleto com os diversos sistemas, incluindo o metabolismo energético e o trato digestório. Peptídeos originados não só no tecido adiposo, mas também no intestino como as incretinas [GIP (polipeptídeo trópico insulínico dependente de glicose) e GLP1 (peptídeo 1 tipo glucagon)] modulam a atividade de remodelação óssea. O objetivo principal do atual estudo foi avaliar a relação entre os tecidos adiposos subcutâneo (TAS), visceral (TAV), lipídeos intra-hepáticos (LIH), tecido adiposo da medula óssea (TAMO), bem como do GIP, GLP1, e grelina com a densidade mineral óssea (DMO) em pacientes com SIC. Tratase de um estudo observacional prospectivo composto por dois grupos experimentais pareados por altura, idade e sexo: a) o grupo controle (GC) (n = 18; 9M,9F) e b) o grupo de pacientes com SIC, o qual foi avaliado em 2 ocasiões, com intervalo de um ano entre as análises, sendo denominados SIC0 (n = 14; 7M,7F) e SIC1 (n = 11; 6M,5F). Em comparação com o GC, pacientes com SIC ao longo do estudo apresentaram menor DMO e maior LIH e GIP (p< 0,05). Os valores de TAMO, GLP1 e grelina foram similares entre os grupos. O TAMO teve correlação negativa e significativa com DMO de L3 no GC (r= -0,6; p< 0,05), porém, no grupo SIC esta correlação foi positiva, mas sem significância estatística ao longo do estudo: SIC0 (r= 0,45; p= 0,13) e SIC1 (r= 0,45; p= 0,17). LIH associou-se negativamente com DMO do colo do fêmur (R²= 0,16; p< 0,05) e quadril total (R²= 0,27; p< 0,05). Existe alta prevalência de osteoporose em pacientes com SIC. No entanto, não se observou nem expansão de TAMO e nem relação negativa da DMO com o TAMO. O acesso a calorias parece afetar positivamente a relação entre TAMO e massa óssea. A deposição hepática de lipídeos parece afetar negativamente a massa óssea de pacientes com SIC. |