Efeito da terapia celular com células-tronco mesenquimais da medula óssea e do tecido adiposo na regeneração do tecido ósseo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tótoli, Gabriela Guaraldo Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-21102022-131514/
Resumo: O tecido ósseo é um tecido conjuntivo especializado que apresenta eminente capacidade de reparo, entretanto, em algumas situações a extensão da lesão impede o reparo total deste tecido, sendo este um dos grandes desafios da Odontologia e Medicina. Deste modo, a terapia celular fundamentada na utilização de células-tronco mesenquimais (CTMs) tem se apresentado como uma alternativa promissora. Recentemente, nosso grupo de pesquisa demonstrou que CTMs obtidas de tecido adiposo (CTMs-TA) apresentam perfil gênico mais relacionado à angiogênese, enquanto as CTMs de medula óssea (CTMs-MO) apresentam perfil gênico mais relacionado à osteogênese. Como ambos os processos são fundamentais para se obter a regeneração óssea, o objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial da terapia celular baseada em injeções de CTMs-MO e CTMs-TA sobre a formação óssea. Para isso, CTMs-MO obtidas de fêmures e CTMs-TA, da gordura inguinal de ratos foram selecionadas por adesão ao plástico de cultura e caracterizadas como CTMs pela expressão de um painel de marcadores de superfície e a diferenciação nas linhagens osteoblástica e adipocítica. Para avaliar a regeneração do tecido ósseo, defeitos de 5 mm de diâmetro foram criados em calvárias de ratos que foram tratados com injeções locais de CTMs-MO após duas semanas e CTMsTA após seis semanas da criação dos defeitos ou CTMs-TA e CTMs-MO, respectivamente. Animais controle receberam duas injeções de veículo (PBS) nos mesmos períodos. Oito semanas após a primeira injeção, os animais foram eutanasiados e a formação do tecido ósseo foi avaliada por microtomográfia computadorizada e análise histológica. Os dados foram comparados por ANOVA, seguido do teste de Tukey, ou teste t, quando apropriado, considerando o nível de significância de 5% (p≤0,05). As células aderiram ao plástico de cultura com morfologia fibroblastóide, exibiram alta porcentagem de células expressando os marcadores de superfície CD29 e CD90 e baixa porcentagem de células expressando os marcadores CD31, CD34 e CD44, e diferenciação osteoblástica e adipocítica, confirmando serem CTMs. As análises microtomográficas e histológicas mostraram que as injeções locais de CTMs-MO/CTMs-TA ou CTMs-TA/CTMs-MO resultaram em maior formação óssea em comparação com os defeitos que não receberam células. Esses resultados apontam que a terapia celular baseada em injeções locais de CTMs-MO/CTMs-TA ou CTMs-TA/CTMs-MO é efetiva para induzir significativa formação óssea.