Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Dias, Andréa Cristina Felix |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-22112013-161854/
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Resumo: |
O que leva uma criança a agir bem? A psicologia do desenvolvimento tradicionalmente buscou responder a essa questão através do estudo dos juízos morais das crianças. O recorte adotado neste trabalho é o de que, junto ao saber agir moralmente, é necessário querer agir. Portanto, a ação moral, concreta e coerente com os juízos de valor do sujeito depende de dimensões cognitivas e afetivas, da formação da chamada Personalidade Ética (La Taille, 2006). Formulamos a hipótese de que as ações investigadas têm relação com valores que, ao longo do desenvolvimento, vão sendo associados às representações de si, valores admirados e almejados pelos sujeitos. Para a investigação empírica foram realizados dois estudos: os valores dos sujeitos e a coerência entre esses valores e suas ações na escola. Foram estudadas três faixas etárias - 9, 12 e 16 anos. Levantamos os valores de 340 sujeitos, estudantes de uma escola particular de classe média-alta da cidade de São Paulo, através de um questionário respondido por escrito, sobre o que admiravam nas outras pessoas. Esses valores foram classificados em categorias relativas à moral: Princípios Morais, Respeito de Si, Reciprocidade Nascente e Outros. As orientadoras educacionais desses alunos informaram, através de uma pontuação, como eles agiam na escola, com relação a dois aspectos: postura de estudante e relações sociais. Encontrou-se uma sofisticação progressiva nos valores levantados como dignos de admiração: aos 9 anos de idade não há referências a princípios morais ou respeito de si - valores que aparecem nos sujeitos de 16 anos. Quanto à correlação entre os valores e as ações, ainda que não tenha sido possível a validação estatística, encontramos uma tendência apontando que alunos considerados como exemplares pelas orientadoras responderam admirar valores mais vinculados a moral, enquanto alunos que falham em suas ações na escola elegem valores menos vinculados a ela. Tais resultados demonstram como as questões afetivas são importantes para o desenvolvimento moral e como é necessário desenvolvermos instrumentos para investigar as ações morais concretas |